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07 janeiro 2016

As sementinhas de 2015

http://weheartit.com/entry/group/19801689

Já tem uma semana que estamos em 2016, e fiquei pensando nas coisas que andam me acontecendo e percebi que tudo isso são os frutos de uma plantação feita no ano passado. 2015 não foi um ano agradável pra mim. Confesso que estava naquele grupo dos que estavam torcendo para ele acabar logo. Porém, por mais que mudemos de calendário sei que certas coisas que aconteceram vão permanecer em mim e vou colher resultados de acordo com as sementes que plantei, não há como fugir disso. E dia 8/01 está aí pra comprovar isso com a minha nota do ENEM. 

No entanto, por mais que 2015 tenha sido sofrido posso afirmar que foi o ano em que mais aprendi e mudei. Realizei muitas limpezas, abri mão de amizades que me influenciavam negativamente e fiquei com aquelas que me aproximavam de Deus, com as pessoas que por mais que os dias corridos e dificuldades nos distanciassem não havia cobranças, inseguranças, nem dedos apontados, apenas uma necessidade de aproveitarmos aquele tempo juntos. Meus gostos mudaram radicalmente. Passei a me interessar pelas coisas do Alto, a ter um tempo com Deus, em ser mais agradecida. 

Procurei me conhecer e permitir que papai do céu curasse minhas feridas, que eram inúmeras. No início doeu bastante, pensei até em desistir talvez fosse melhor deixar meus traumas ali quietinhos. Mas não, tudo ficou exposto, ouvi verdades que eram como tapas na minha cara, mas sei que foi necessário. 

Passei a me respeitar, a cuidar de mim, a me colocar em primeiro lugar. Eu era aquele tipo de pessoa que tentava fazer com que o outro gostasse de mim a qualquer custo, que tentava mudar pra me encaixar no que ele queria e corresponder às suas expectativas. E hoje me sinto livre pra ser eu mesma. Não me deixo abalar por frases do tipo: "eu gosto das coisas desse jeito, se você fizer assim, dessa forma, quando eu quiser, vou gostar de você, vai ser melhor para nós." Simplesmente abandonei todas as pessoas que me diziam como eu deveria ser ou agir para que elas se sentissem satisfeitas. Isso era uma prisão, e olha que era muuuuita gente ao meu redor que diziam essas coisas, e quando eu não correspondia desapareciam. Pessoas desse tipo precisam aprender a deixar o outro ser quem ele é! 

E quando eu fui abandonando máscaras e imposições, percebi que as coisas do mundo não me preenchiam. Eu só me sentia cheia e com ânimo ao abrir minha Bíblia, quando eu passei a obedecer a palavra e a reconhecer meus pecados. 

Hoje sei que a maior lição de 2015 foi aprender a me amar. Pois quando faço isso amo meu criador e sou capaz de amar as outras pessoas. A semente do amor próprio foi plantada e eu a rego todos os dias nas escolhas que faço, nos meus relacionamentos, na minha alimentação, nos exercícios que prático (olha só deixei de ser sedentária, quem diria!!!), nos livros que leio, nas músicas que ouço, nos blogs e youtubers que acompanho. Não sei o que 2016 vai plantar em mim, mas não fico ansiosa, nem com medo do sofrimento. Que venha a mudança, que eu seja o que Deus quer que eu seja.

02 julho 2015

Tristeza antiga...

Fonte: http://weheartit.com/entry/24676894

Por algum motivo, hoje, senti uma coceirinha na palma da mão acompanhada de uma dor de cabeça latejante. Tentei diversas vezes voltar minha atenção para o que precisava ser feito no momento, mas meus olhos não conseguiam mais acompanhar aquelas letrinhas que tentavam me explicar as áreas mineralógicas do Brasil. Quando dei por mim, já não era possível enxergar mais nada, pois cada cantinho dos meus olhos estavam ocupados por lágrimas e as gotinhas que caíam banhavam ouro, ferro, manganês e desenhos de mapas.

Lembro muito bem de ter acordado cedo e pensado: nada de procrastinar hoje! O seu vestibular está só se aproximando, por mais que você queira atrasar os ponteiros do relógio e colocar a matéria em dia. Porque sempre tem conteúdos que inevitavelmente ficam para trás. Mas por algum motivo, algo desandou, e os sentimentos, enfim, transbordaram. Momento ruim para chorar e ouvir o coração quando sua mente grita pra que você seja racional. Tentei explicar a ela que talvez seja a lua cheia em capricórnio que está influenciando o meu regente, Plutão deixando as emoções à flor da pele. Não adiantou muito... Na verdade essa torrente de desespero, não podia ser explicada pela previsão astrológica e sim pela sensação de que o tempo presente não difere muito do que vivi no passado. Um inconveniente dejà-vu.

Eu simplesmente detesto coisas mal resolvidas, coisas que não dependem apenas da minha vontade para acontecerem, coisas que com o passar dos minutos, das horas, dos dias deixam a sensação de já terem sido superadas só porque ficou encoberto de poeira, quando na verdade isso é apenas uma ilusão. Está tudo lá, do mesmo jeitinho, empilhado, pronto pra vir à tona. Basta que você decida tentar abrir espaço pra se lembrar de que seus problemas e traumas estão ali, escondidos e podem adiar seus sonhos.

E de repente, entendi o porque da coceira na mão, era uma vontade de escrever e soprar em palavras, não importa pra onde, um punhado de coisas e pensamentos que há anos já não me servem mais.



01 novembro 2014

Olá, Novembro!

 
 
Novembro finalmente chegou e com ele a aquela ansiedade pelas tão sonhadas férias. Porém, final de período é uma correria e ainda tem o detalhe de que eu decidi fazer o Enem, novamente esse ano. É, esse é o mês da resistência e objetividade.
 
Há outros compromissos também e aproveitando que a programação da Bienal daqui de Minas saiu já dá pra separar os dias em que pretendendo ir e conciliar o blog com os estudos. É tudo uma questão de organização e dedicação, o importante é que valerá a pena.
 
Eu gostaria de esquecer a informação de que nesse mês eu também fico mais velha. Só que depois dos dezoito anos tudo passa tão rápido, as responsabilidades se avolumam e a gente até tropeça na própria idade e não dá nem pra dizer que não se está preparada. É 22 anos mesmo, produção?!
 
Gente grande tem que estar sempre se planejando, contado com adversidades (as possibilidades positivas são excluídas), não se permite dúvidas, como se o tempo da aprendizagem já tivesse chegado ao seu fim.  Como aprender com os erros se não nos permitimos errar? Desde que entrei pra faculdade tenho observado, que um passo fora da dança acarreta zum, zum, zum, afastamento, olhares de repulsa e muitos, muitos julgamentos. É uma pressão enorme pra corresponder inúmeras expectativas conflituosas. Eu me questiono todos os dias se o caminho é esse? E por que o universo contribui para tais acontecimentos. Talvez o não questionar seja a solução e traga menos angustias.

Eu gostaria, sinceramente, de poder cantar "agora eu sei exatamente o que fazer....", como na letra de Só os loucos Sabem do Charlie Brown Jr, ou como nos livros que leio, onde os personagens sabem quais atitudes tomar. Mas, a partir de tais encontros e desencontros vou continuando  a repetir a frase de J R R Tolkien na minha mente, como um mantra: "Nem todos que vagam estão perdidos".

29 abril 2014

[Meus textos] Mergulho no espelho

 
 
Você consegue me ver?!
 
Agora estou diante do meu maior espelho. Ele não é novo, mas também não é muito velho. Sem maiores atrativos e com uma moldura simples ele mostra como realmente sou. Sem mentiras ou bajulação. Já tive outros, não menos importantes, suas cores, formas e preços diferiam, mas o resultado era o mesmo. Em momentos de agonia, aflição, descontentamento ou a inocente vontade de desconectar o fio que me ligava ao presente recorria a ele.
 
Sempre tive preferência por suas últimas e esquecidas partes. Era no final que eu encontrava o meu início bem ali, entre os rabiscos e desenhos desprovidos de talento.
 
Também já fiz dos meus contornos um espelho seja pra lembrar do que eu queria esquecer ou na alegria de uma infância com aroma e sabor de tutti frutti e tatuagens falsas.
 
Fiz das últimas páginas dos meus companheiros, um diário vulgar (talvez você não tenha vontade de ler) onde o papel suportava sem lamentações toda a força que eu impunha a caneta. Cada sentimento que eu, às vezes, em vão procurava manchá-lo com letras ilegíveis, existentes que inexistiam na combinação de lágrimas e tinta.
 
E agora, estou diante do meu maior espelho sendo a garota que cresceu em meio aos livros, ou melhor, os livros que cresceram e se empilharam ao meu redor. E eu ainda insisto e persisto em provocar o silêncio atirando letras, grafite e tinta encarando eu mesma.
 
E agora, consegue me ver?!

02 março 2014

[Meus textos] Voe, sem limites!

 
Uma vez, disse a minha mãe que eu gostaria de ser como os pássaros só para poder voar. E ela me afirmou que naquele momento eu já estava voando e que nunca queria que eu pousasse.
Fiquei sem compreender. Eu tinha lá meus 6 anos e não via a hora de ser grande e bonita como a minha irmã adolescente.
 
Então cresci... e continuei a gostar de pássaros e além deles das coloridas borboletas (que me desculpem as pretas, guardo uma superstição ruim relacionada a elas) e anjos.
Ganhei alguns centímetros, que são poucos se comparado a altura que eu gostaria de ter. Mas, foram suficientes para alcançar meus sonhos.
Discretas, sem barulho, sem alarde elas sempre estiveram comigo.
Em algumas pessoas elas são bem longas, barulhentas, chiam. E em outras, elas parecem estar contidas, presas, enroladas, apagadas como se não existissem. Mas, estão lá. Eu as vejo, secretas só esperando um impulso para irem bem longe.
 
E assim, compreendi depois de anos o que minha mãe quis dizer.
Todos temos Asas. Elas podem permanecer invisíveis aos nossos olhos e aos dos outros. É preciso sensibilidade, sonhos para que elas desabrochem, assim como uma rosa. E se abram para nos levar a lugares que só elas, com o empurrãozinho da nossa imaginação, podem levar.
Não deixe que suas Asas se atrofiem, utilize-as sem medo, mesmo que secretamente, elas nunca te deixarão cair.
 
E se for pousar que seja nos seus sonhos e não uma queda por desistência ou falta de confiança na vida e em você mesmo.

 

02 janeiro 2014

Apenas ouça



Tenho passado por momentos difíceis, distante de mim mesma, longe dos sonhos que um dia, há muito tempo, eu tracei pra mim.

Eu nunca decidi desistir deles, nunca pensei que um dia me sentiria incompreendida, exposta, solitária. Mas você, que acha que sabe tudo, assim, tão nova, sem ter passado por grandes provações se sente no dever de julgar-me.

Se sente com o direito de querer, de qualquer forma, tentar fazer algo por mim.

E você diz: - Os amigos de verdade fazem isso.

Não querida,  amigos não fazem isso. Pelo menos, não na minha concepção de amizade.

Você não pode querer fazer por mim o que eu mesma sou capaz de fazer. A não ser que você acredite, firmemente, que eu não posso, que sou incapaz.

Se assim for, não há nem nunca houve amizade.

Nunca pedi para que decidisse por mim.

Sei que suas palavras são sinceras, você só quer acabar com a minha dor, para que eu possa ser uma garota “normal”. Mas, espera. O que é ser “normal”?!

E agora você me abandona. Porque não posso ser o que você quer.

Foram noites de dígitos errados. Palavras mal elaboradas, engolindo lágrimas em meio as madrugadas, para que você mais que se inteirasse das minhas batalhas.
E a resposta: Você queria lutar no meu lugar.

E lutar no meu lugar não significa, necessariamente, lutar por mim.

Querida, eu não estou acabada.

Em todos os momentos eu só queria que você me ouvisse, que alguém apenas escutasse.

Não quero saber se me compreende ou não, não quero conselhos, não quero que me diga: “Ah o meu caso é pior.”

Só quero um ouvido atento, uma boca muda e braços bem abertos que possam acalentar na medida certa toda a minha angústia.

12 dezembro 2013

Um alguém em pedaços de papel



Tudo que eu sempre precisei foi de um pedaço de papel
Seja virtual, com partes escritas, sujas ou maltratadas
Mergulhar em um branco despejar minhas misérias
Tudo que eu sempre precisei foi de um pedaço de papel
Seja pra rasgar,  brincar, amassar com as minhas mãos tão fracassadas.

E eu estarei bem depois de um papel preenchido
Molhado
Em pedaços
Com palavras que nem reconheço serem minhas
Com borradas tintas que imitam letras, errados dígitos esperando por atenção
De um coração faminto por um branco que acolha uma  pálida vermelhidão.