Tenho
passado por momentos difíceis, distante de mim mesma, longe dos sonhos que um
dia, há muito tempo, eu tracei pra mim.
Eu
nunca decidi desistir deles, nunca pensei que um dia me sentiria incompreendida,
exposta, solitária. Mas você, que acha que sabe tudo, assim, tão nova, sem ter
passado por grandes provações se sente no dever de julgar-me.
Se
sente com o direito de querer, de qualquer forma, tentar fazer algo por mim.
E
você diz: - Os amigos de verdade fazem isso.
Não
querida, amigos não fazem isso. Pelo
menos, não na minha concepção de amizade.
Você
não pode querer fazer por mim o que eu mesma sou capaz de fazer. A não ser que
você acredite, firmemente, que eu não posso, que sou incapaz.
Se
assim for, não há nem nunca houve amizade.
Nunca
pedi para que decidisse por mim.
Sei
que suas palavras são sinceras, você só quer acabar com a minha dor, para que
eu possa ser uma garota “normal”. Mas, espera. O que é ser “normal”?!
E
agora você me abandona. Porque não posso ser o que você quer.
Foram
noites de dígitos errados. Palavras mal elaboradas, engolindo lágrimas em meio
as madrugadas, para que você mais que se inteirasse das minhas batalhas.
E a
resposta: Você queria lutar no meu lugar.
E
lutar no meu lugar não significa, necessariamente, lutar por mim.
Querida,
eu não estou acabada.
Em
todos os momentos eu só queria que você me ouvisse, que alguém apenas
escutasse.
Não
quero saber se me compreende ou não, não quero conselhos, não quero que me
diga: “Ah o meu caso é pior.”
Só
quero um ouvido atento, uma boca muda e braços bem abertos que possam acalentar
na medida certa toda a minha angústia.
Muito lindo!!!!! S2
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