02 julho 2015

Tristeza antiga...

Fonte: http://weheartit.com/entry/24676894

Por algum motivo, hoje, senti uma coceirinha na palma da mão acompanhada de uma dor de cabeça latejante. Tentei diversas vezes voltar minha atenção para o que precisava ser feito no momento, mas meus olhos não conseguiam mais acompanhar aquelas letrinhas que tentavam me explicar as áreas mineralógicas do Brasil. Quando dei por mim, já não era possível enxergar mais nada, pois cada cantinho dos meus olhos estavam ocupados por lágrimas e as gotinhas que caíam banhavam ouro, ferro, manganês e desenhos de mapas.

Lembro muito bem de ter acordado cedo e pensado: nada de procrastinar hoje! O seu vestibular está só se aproximando, por mais que você queira atrasar os ponteiros do relógio e colocar a matéria em dia. Porque sempre tem conteúdos que inevitavelmente ficam para trás. Mas por algum motivo, algo desandou, e os sentimentos, enfim, transbordaram. Momento ruim para chorar e ouvir o coração quando sua mente grita pra que você seja racional. Tentei explicar a ela que talvez seja a lua cheia em capricórnio que está influenciando o meu regente, Plutão deixando as emoções à flor da pele. Não adiantou muito... Na verdade essa torrente de desespero, não podia ser explicada pela previsão astrológica e sim pela sensação de que o tempo presente não difere muito do que vivi no passado. Um inconveniente dejà-vu.

Eu simplesmente detesto coisas mal resolvidas, coisas que não dependem apenas da minha vontade para acontecerem, coisas que com o passar dos minutos, das horas, dos dias deixam a sensação de já terem sido superadas só porque ficou encoberto de poeira, quando na verdade isso é apenas uma ilusão. Está tudo lá, do mesmo jeitinho, empilhado, pronto pra vir à tona. Basta que você decida tentar abrir espaço pra se lembrar de que seus problemas e traumas estão ali, escondidos e podem adiar seus sonhos.

E de repente, entendi o porque da coceira na mão, era uma vontade de escrever e soprar em palavras, não importa pra onde, um punhado de coisas e pensamentos que há anos já não me servem mais.



2 comentários:

  1. Que texto lindo. Me lembro de já ter me sentido assim algumas vezes, queria eu ter um blog na época, já que escrever parece ser o único remédio, né?

    literarizei.blogspot.com

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    1. Sim, Milena, o blog ajuda bastante, mas às vezes um diário também pode ajudar, o importante é escrever, colocar pra fora...
      Beijos!

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