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01 março 2015

Amizades tóxicas na ficção



Acredito que vocês, principalmente as garotas, pelo menos uma vez na vida, já fizeram amizade com alguém que em vez de somar coisas boas e trazer o que há de melhor em você, trouxe à tona um lado obscuro seu que você nem sabia que tinha. Se isso nunca aconteceu a você, leitor, ótimo e saiba que você é alguém de sorte.
 
Eu disse principalmente as garotas, mas os garotos também podem ser igualmente manipuladores e tóxicos isso não é  privilégio de um gênero.
 
E é pensando nesse comportamento doentio de unir pessoas em prol de algo negativo que decidi escrever esse post.
 
Tenho lido muitos livros em que as protagonista tem suas vidas alteradas justamente por serem influenciadas pelo que vou denominar como amizades tóxicas. O exemplo mais conhecido talvez, seja o de Pretty Little Liars. Acho que todos estão de acordo que as pessoas que foram próximas da Alison Dilaurentis sofrem tortura simplesmente por terem estado ao lado e apoiado todas as ações ruins que a Ali praticava, sem refletir o porque de estarem machucando outras pessoas apenas para terem em troca a amizade da garota mais influente de Rosewood.


 
Em "Não Olhe Para Trás", livro publicado pela editora Farol Literário, a protagonista Samantha, após um acidente sofre de amnésia e em praticamente todas as suas tentativas de retornar ao passado se envergonha de suas atitudes e da forma como se relacionava com as pessoas. Ao avaliar as memórias que voltavam aos poucos, fotografias e a opinião das pessoas não era difícil constatar que depois de ter se tornado amiga de Cassie, Samantha se tornou uma pessoa cruel. Ferir as pessoas com palavras era o seu hobby principal.
 
 
 
Em "Just Listen" Annabel é uma garota tímida e que já tem praticamente uma carreira consolidada com o seu trabalho de modelo. Sua melhor amiga Sophie, uma garota de personalidade forte consegue fazer com que todos caiam aos seus pés e concordem com o julgamento que ela faz de pessoas conhecidas ou não fazendo com que suas amigas tenham o mesmo mau hábito.

Acredito que esse tipo de amizade, que trás influências negativas, não ocorram apenas na ficção. Na vida real também vejo muitas pessoas boas se deixando levar por inveja e outros sentimentos mesquinhos ao se aliar a outras e levando adiante a ideia de que colocar alguém pra baixo vai fazer com que ela ou ele se sinta bem. Sendo que isso apenas destaca uma autoestima baixa. Devemos recorrer a pessoas que revelam o que a de melhor em nós, afinal podemos escolher nossos amigos e, além disso, procurar ter compaixão e ajudar os outros que não seguem esse caminho, por mais difícil que seja. Se não surtir efeito não dê espaço até para que você também não seja contaminado.

28 janeiro 2015

[ENTREVISTA] Jennifer L. Armentrout


Oi, gente!

Quero aproveitar que publiquei a resenha de Não Olhe Para Trás nessa semana, se você ainda não leu clique aqui, para divulgar uma entrevista muito bacana que a Farol Literário fez com a escritora Jennifer L. Armentrout. Espero que gostem, pois eu amo ler entrevistas.


A escritora americana Jennifer L. Armentrout não é somente a queridinha do jornal The New York Times. Ela figura na lista das autoras mais desejadas entre os jovens leitores brasileiros. Em resposta aos fãs da Farol, temos a honra de ser a primeira editora no país a publicar Jennifer L. Armentrout.

Nesta entrevista exclusiva ao blog da FAROL, ela fala como surgem as ideias para seus livros e revela que tira de seus seguidores no Twitter e Facebook os nomes dos personagens de suas histórias. Jennifer também elogia e se declara aos seus admiradores no Brasil.

Farol Literário (FL) – A FAROL Literário é a sua primeira editora no Brasil...
Jennifer L. Armentrout (JLA)
– É muito emocionante saber que “Não olhe para trás” está sendo lançado no Brasil. Mal posso esperar para tê-lo em minhas mãos.
FL – Como você se sente sendo uma autora best-seller do The New York Times?
JLA
– Chegar ao New York Times foi uma experiência incrível. Eu não esperava ter um livro nesta lista. Por isso é sempre uma surpresa para mim quando isso acontece.
FL – Você pode nos contar de onde surgiu o enredo de “Não olhe para trás”?
JLA
– Eu não tenho uma fonte de inspiração para meus livros. A maioria das minhas ideias vêm de perguntas que eu faço para mim mesma. No caso de “Não Olhe para trás” a pergunta foi: o que uma pessoa faria se lhe fosse dada a chance de começar de novo? E a ideia floresceu a partir daí.
FL – Quando a amnésia pode parecer algo bom na vida de uma pessoa? Sua protagonista, Samantha, de certa forma não gosta de seu passado.
JLA
– Eu acho que algumas pessoas, em determinados momentos de sua vida, gostariam de poder esquecer completamente de algo. Isso me lembra aquele filme “Brilho eterno de uma mente sem lembranças.”


FL – Se você pudesse ser um dos personagens  de “Não olhe para trás”, qual deles escolheria?
JLA
– Samantha... por causa de Carson.
FL – De onde surgem os nomes de seus personagens deste livro?
JLA
– Dos meus seguidores do Twitter e Facebook.

FL –  Como uma autora famosa da literatura YA que você é, diga-nos o que um autor tem que fazer para ser diferente de muitos hoje em dia.
JLA
– Na minha opinião, um autor deve ser diversificado, em termos de escrita. Passar por diferentes gêneros para que os leitores não se cansem de suas histórias. Mas, como eu disse, isso é apenas a minha opinião, e há exceções. Alguns autores podem escrever sobre bruxas ou vampiros por toda a sua carreira, outros não.
 
FL –  O que você sabe sobre o Brasil?
JLA
– Além de saber que é um dos países mais bonitos do mundo, os leitores do Brasil também são provavelmente os fãs mais apaixonados com os quais eu interajo. Eu os amo.

 

27 janeiro 2015

[RESENHA] Não Olhe Para Trás- Jennifer L. Armentrout



Título Original: Don't Look Back
Título Nacional: Não Olhe Para Trás
Autora: Jennifer L. Armentrout
Editora: Farol Literário
Páginas: 438
Onde comprar: Saraiva
                          Livraria Cultura

*Não Olhe Para Trás foi uma cortesia da Farol Literário <3


Medo e popularidade andam de mãos dadas

Duas garotas que aparentemente eram melhores amigas desapareceram misteriosamente. Uma foi encontrada vagando por uma estrada a outra não.

A que tirou a sorte grande de voltar para casa não parece se sentir segura com a situação. Talvez porque ela não se lembra de nada, nem mesmo do seu nome.

De acordo com os seus pais ela se chama Samantha, têm um irmão gêmeo fraterno, Scott, um namorado que a ama perdidamente, Del, e amigas que dedicaram seus tempos a procurá-la em vez de frequentar festas e conversar sobre futilidades.

Samantha é uma rica e linda ruiva de 17 anos de idade, mas que parece estar desamparada diante de tantas informações que não fazem o menor sentido. Ela não se sente a vontade perto de sua família e  todos parecem ser meros desconhecidos por qual ela não sente nenhum afeto. A única e estranha exceção é o filho de um dos empregados, Carson.

Nas palavras dos médicos, Samantha é incapaz de se recordar de informações pessoais importantes, algo provavelmente associado as coisas que lhe aconteceram enquanto estava afastada do seu lar. Sendo assim, a sua amnésia seria resultado de um evento pós-traumático.

Porém toda essa explicação de sua atual condição não parece satisfazer algumas pessoas. Dentre elas os investigadores do caso policial que precisam encontrar Cassie, sua melhor amiga.

"Tentei lembrar como aquilo havia acontecido, mas minha cabeça era um vazio, um vácuo negro onde nada existia." p.7



Tomada por uma confusão e uma mente repleta de lacunas, Samantha tenta se cercar de objetos, pessoas e lugares que eram familiares para aquela Samantha que antes tinha uma identidade, personalidade e conhecia a si própria.

Cada passo de Sammy (para os mais íntimos) é instigante e aviva curiosidade no leitor. E a partir dos relatos dos outros personagens da trama vamos descobrindo, de mãos dadas com Samantha, quem ela era e construindo o seu perfil, seus hobbies, seus pratos preferidos, manias e tendo acesso a sua infância. O problema de tudo isso é que os relatos são de terceiros e devido às circunstâncias, Samantha não reconhece nenhuma dessas pessoas. O que lhe resta então é julgar cada um a partir da sua expressão facial, reconhecendo se o sorriso é verdadeiro ou não. Mas não é preciso muito esforço para sacar que algumas informações entram em contradição. Até onde aquelas pessoas seriam verdadeiras com ela e por qual motivo a enganariam?

Samantha poderia esquivar-se de seu passado e de quem ela foi por muito tempo, já que sua antiga versão não parece lhe agradar nenhum um pouco. Pois, a Samantha de antes do desaparecimento era cruel, mesquinha, popular, vaidosa e usava as palavras como facas, machucando quem ela queria sempre na companhia e com o apoio de Cassie.

Mas ela precisa encarar os fatos mesmo odiando quem ela era e tentar levar a vida com alguma normalidade. Afinal, Cassie continua desaparecida justo quando somente as suas lembranças seriam a chave para desvendar esse mistério. E não se conformando com esse vazio ela se esforça por procurar respostas que podem estar escondidas na sua mente e surgir de repente, se ela procurar se rodear de tudo que fazia parte de seu passado. E assim, olhar para trás parece ser uma atitude inevitável mesmo que os bilhetes anônimos que ela anda recebendo lhe alerte para fazer o contrário.

"Por mais que eu quisesse ignorar a pessoa que eu fora um dia, não havia como escapar de um passado do qual eu não me lembrava." p.100




Por várias vezes eu li elogios destinados a autora, Jennifer L. Armentrout, mas Não Olhe Para Trás é a primeira obra que tenho o privilégio de ler e fiquei impressionada com a sua escrita e como ela consegue prender a atenção do leitor. A escritora alcança um resultado incrível, ao unir vários gêneros literários em um só livro. Portanto, se você gosta de romance policial, mistério, suspense e daqueles casais românticos que tiram o nosso fôlego vai se apaixonar pela história, pois Não Olhe Para Trás reuni tudo isso em 438 páginas. 

Recomendo a leitura por ela proporcionar uma espécie de excursão repleta de descobertas à medida que a protagonista não poupa perguntas sobre o seu passado, por mais que suas antigas atitudes a envergonhe, despertando o interesse do leitor. Por vezes é estranho perceber, mas diante dos fatos é difícil negar que a antiga Samantha já não existe mais e no seu lugar agora existe uma garota mais leve, que se preocupa com as outras pessoas e não se importa tanto em manter as aparências e agradar a família.

Esforcei-me ao máximo para não me apaixonar por outro personagem, mas Carson é encantador e ele é um dos motivos por me fazer querer estar no lugar da Samantha. Tudo bem que pode ser constrangedor e horrível não se lembrar do seu passado e começar a se interessar por coisas que antes não chamavam tanta a atenção, mas que atire a primeira pedra quem nunca desejou esquecer algumas lembranças e seguir em frente sem pensamentos que nos torturassem de alguma forma. Um dos meus sonhos é que os cientistas um dia descubram como apagar seletivamente algumas recordações. Mas enquanto isso não acontece é interessante ler um livro tão intenso que aborda o assunto e consegue ao mesmo tempo abranger tantas outras coisas.

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