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14 setembro 2016

[RESENHA] Olhos de Lobo- Rosana Rios



Título: Olhos de Lobo
Autora: Rosana Rios
Editora: Farol Literário
Páginas: 439

Gostaria de começar dedicando essa resenha as autoras Rosana Rios e Helena Gomes, sei que a última não contribuiu diretamente com o segundo livro, mas sem ela,  provavelmente ele não teria sido publicado. Agradeço por terem escrito uma história tão envolvente e bem estruturada que me fez companhia por vários dias...

Quem leu a resenha de Sangue de Lobo, sabe que apreciei bastante o livro, e como ele superou minhas expectativas eu aguardava, claro, algo de qualidade, mas jamais pensei que Olhos de Lobo poderia ultrapassar os pontos que o primeiro livro ganhou comigo!


A história contêm inúmeras reviravoltas além de ser intercalada com várias fases e momentos históricos, de modo a nos esclarecer não só como Hector foi contaminado, mas sua mãe. O conteúdo também é repleto de suspense como em Sangue de Lobo, e vai exigir de você leitor, atenção e observação para chegar no autor dos crimes em série, com características bem estranhas como: vítimas com o lóbulo da orelha cortado e atingidas por um tiro na nuca. Agora eles não envolvem bonecas, mas uma série de fotografias, imigrantes de alemães e não poderia faltar a licantropia.

Como eu disse a história passa por vários momentos, alguns são em Porto Alegre, nos dias atuais onde os crimes devem ser desvendados. Outros na Alemanha, na década de 80 e durante a segunda Guerra Mundial. Esse passado histórico é uma chave para se desvendar o passado de alguns personagens importantes como o do médico Lazlo Mólnar, que já é mencionado no primeiro livro, e a de outros lobos, como William que tem uma extrema importância no enredo, a Menina do Capuz Vermelho e a relação com os Grimm.



Também achei a edição mais atraente que a primeira, apesar de não ter votado nesta capa. Quem ainda tem dúvidas de que os livros nacionais valem a pena, não sabe o que está perdendo. Depois dessa história fico cada vez mais convencida do quanto a literatura nacional precisa ganhar mais destaque.

A relação da história com os contos dos irmãos Grimm me surpreendeu e deu um toque especial ao livro. Não irei entrar em detalhes para não estragar a leitura, mas posso dizer que ele é diferente do primeiro, apesar de manter o suspense, o romance e alguns personagens, como a Ana Cristina, agora casada com Hector, e a Policial Natália. Vou confessar que pretendo rele-los, fiquei muito admirada com a escrita e já corri atrás de outros livros das autoras. E na minha humilde opinião, esses livros tem tudo para se tornarem uma série!


16 agosto 2016

[PROMOÇÃO] Ingressos Para A Bienal do Livro de São Paulo- Farol Literário



Coisas que só apaixonados por livros vão entender.


Quer ganhar ingressos para a Bienal do Livro de São Paulo 2016? A Farol Literário vai dar 5 pares de ingressos! Para participar, é só curtir a página da Farol e escrever nos comentários da post na página da Farol (https://www.facebook.com/FarolLiterario/) uma frase que só os apaixonados por livros vão entender! 
A editora irá escolher até 10 frases e vai publicá-las aqui no Face e no Instragram no dia 17/08. As frases mais curtidas até o dia 22/08, levam os ingressos que serão entregues via Correios. Quer ir para a Bienal?! Participe!!!! Mas só vale uma frase por pessoa. Corre lá na página da editora e participe!

06 julho 2016

[RESENHA]: Névoa- Kathryn James



Título original: Mist
Título nacional: Névoa
Autora: Kathryn James
Editora: Farol Literário
Páginas: 334

Névoa, é um livro que está catalogado como ficção/paranormal, mas eu o classificaria como fantasia. Trata-se de uma leitura despretensiosa e interessante para aqueles que gostam de misturar fantasia com realidade. A história envolve duas irmãs adolescentes e um conto de fadas nada fofinho! 

As irmãs Nell e Gwen, são bem diferentes uma da outra, enquanto Gwen é a garota popular da escola, dita as regras e é um tanto inconsequente; Nell é totalmente o oposto, com gostos "esquisitos", muito corajosa e parece ter herdado um dom especial e um tanto perigoso de sua avó: enxergar através da névoa.

O livro tem início já com um aviso sobre um conto folclórico, que mais adiante é narrado por Nell. Trata-se de uma garota que acaba se relacionando com um homem desconhecido e tem uma filha com ele. Ao sentir falta de sua casa ela é impedida de fugir com o bebê, pois o homem que ela se relacionou era na verdade, o Elfo-Rei. Na tentativa de fuga, a beleza e a juventude da moça se esvaiu. Era o início da maldição do Elfo-Rei.

"A cada cem anos, os Elfos vem buscar uma criança humana por vingança. E elas não podem escapar, porque, se o fizerem, envelhecem e morrem." p. 78

Na escola, Nell acaba por fazer amizade com um garoto misterioso, Evan, mas que os outros alunos parecem não notar a sua presença o que a deixa intrigada. A verdadeira identidade do personagem é revelada quando algo acontece a sua irmã, devido a uma festa no bosque. A partir dai algumas coisas começam a fazer sentido e junto com Nell e Evan adentramos a névoa que encobre o bosque e descobrimos um reino em decadência e uma luta entre humanos e Elfos para tomar o mundo.



A história é muito bem escrita, faz com que o leitor se sinta parte de um universo mágico onde nenhum humano nunca o explorou, eu quase pude ouvir a música da floresta enquanto lia. É tudo bem detalhado. Algumas partes da história são para despertar o medo, mas isso não aconteceu comigo, e não sei se essas cenas impressionariam leitores na faixa dos 12 anos.  Gostei muito da excentricidade da Nell e como ela se arrisca pela família sem esperar algo em troca. Ela muito madura para a idade, apesar de não ter amigos e ser excluída na escola.

A capa obviamente tem tudo a ver com a história, as páginas do livro são amareladas e com uma fonte adequada para leitura. E, apesar de ser um livro juvenil, todos os leitores podem se beneficiar com uma leitura leve e ansiar pelo desfecho. Afinal, Nell conseguirá salvar sua irmã da maldição ou ela já estaria morta? Elfos e humanos viveriam pacificamente? Foram essas questões que me fizeram devorar o livro.

07 junho 2016

[RESENHA] Desenhos de Um Garoto Solitário- Naldo Junio


Título: Desenhos de um garoto solitário
Autor: Naldo Junio
Editora: Farol Literário 
Páginas: 128

A resenha de hoje é bem curtinha, mas cheia de amor. O livro a ser resenhado é de um desenhista que acredito que a maioria deva conhecer, estou falando do Naldo Junio, e do seu projeto que virou um livro, com o apoio da FAROL: Desenhos de um garoto solitário.


Naldo faz muito sucesso nas redes sociais com seus desenhos que ilustram fatos do nosso cotidiano, sendo que vai ser impossível você não se identificar com algum. Seus personagens são bem-humorados e às vezes eles compartilham pensamentos que nos fazem refletir bastante. Muitos desses pensamentos estão ligados ao amor, relacionamentos e a essa vida intensamente conectada com a internet e distante das pessoas. 



O livro é um pouco diferente do que imaginei, isso porque ele é no formato pocket, mas pensando bem achei que isso combinou muito com os desenhos e com a mensagem que o Naldo quer transmitir. Enfim, as ilustrações são um amor e se você já segue o Naldo nas redes sociais, sabe que esses desenhos aparentemente simples conquistam a gente.

10 maio 2016

[RESENHA] Jogos Mentais- Teri Terry



Título original: Mind Games
Título nacional: Jogos Mentais
Editora: Farol Literário
Autora: Teri Terry
Páginas: 477

Apesar de nutrir uma paixão especial por essa autora, devido a trilogia Reiniciados, confesso que minhas expectativas eram relativamente baixas em relação a Jogos Mentais. Quando a Farol liberou o primeiro capítulo fui ansiosamente ler e achei bastante confuso. Mas disse pra mim mesma, calma, esse é só o primeiro capítulo. Quando o livro chegou, me surpreendi com a diagramação, nem sei porque já que a Farol sempre é impecável nesse aspecto. E aquilo me deu um fôlego pra ler. 

Terminei a leitura rapidinho, extasiada com a escrita, com o universo criado e com a intertextualidade criada pela autora. O livro é distópico, e a história se passa em um contexto onde a tecnologia predomina em todos os aspectos. Ela está presente na educação na criação de escolas virtuais, nos relacionamentos onde as pessoas se encontram apenas nos ambientes virtuais. Mas não é qualquer ambiente. A partir dos 10 anos de idade elas podem escolher fazer um procedimento simples em que elas ficam com um implante no cérebro e assim podem acessar esse ambiente virtual como se fosse realmente um novo espaço. Nele você pode fazer alterações no próprio corpo de acordo com a sua satisfação. Por exemplo, se você gostaria de ser mais magra, e ter um cabelo ondulado ele aparecerá assim para as outras pessoas. Nesse espaço você promove festas, encontros, participa de jogos. 

Contudo, a personagem principal, Luna, recusa esse implante e o ambiente virtual, o que é algo ultrapassado. Mas essa recusa tem um motivo e está associada a sua mãe, uma ex-Hacker muito famosa. Porém, aos poucos, Luna vai descobrindo fatos sobre a sua mãe, sobre ela mesma e sobre uma outra categoria de Hackers, os P'hackers.

Como nas demais distopias, as pessoas são manipuladas por um governo autoritário, porém essa manipulação é facilitada pela tecnologia dos implantes e poucas pessoas percebem esse controle. Luna, tem um papel muito importante não só por ser filha de uma ex-Hacker famosa, apesar de isso ser um fator considerável quando a PareCo a seleciona para os seus testes de QI e QR. Estes, são testes importantes, onde os alunos são selecionados por suas notas e desempenho na escola. Luna surpreendentemente foi selecionada. Dependendo do resultado (elas devem ir bem em ambos os testes) as pessoas são alocadas em universidades. 

"Não preciso esperar o resultado teste de QI, sei que fui muito bem. Mas não me sairei tão bem no de QR. Serei considerada perigosa: inteligente, porém idiota. Sabe lá onde vão me colocar, mas imagino que não será em um lugar legal." p.92


 Uma outra coisa interessante, são os novos problemas de saúde gerados pelo uso sem limites dessa tecnologia, os Viciados em Implantes.

"Já vi Viciados em Implantes antes, em anúncios do serviço público sobre como identificar os primeiros sinais do uso excessivo em deficientes mentais, ou da janela do trem,esparramados em bancos de estações, mas sempre a distância, afastados" p.59

O livro é realmente incrível, diferente de muitas histórias que li e ao mesmo tempo, muito semelhante em alguns aspectos, principalmente a Reiniciados. A questão de se ter um implante no cérebro, a presença de um médico "confidente", os nomes que os personagens podem escolher para si. Sem contar que a trilogia é mencionada no próprio livro, quando ela é transformada em um jogo, com direito a Nivos e tudo mais. Amei esse paralelo!

A história vai muito além do que escrevi na resenha, claro, e é repleta de detalhes. Acredito que podemos retirar muitas reflexões. Os apaixonados por tecnologia vão se identificar, mas fica o questionamento: As relações virtuais devem superar as físicas daqui a algumas décadas?!


07 maio 2016

Escolha a Capa de "Olhos de Lobo", o Próximo Lançamento da Farol Literário

Oi, pessoal!!!


A Farol Literário quer a sua ajuda pra definir a capa do seu próximo lançamento, o livro "Olhos de Lobo", da autora Rosana Rios. O primeiro livro da autora (Sangue de Lobo) eu já resenhei aqui no blog e quero que você saiba que é um dos melhores livros nacionais que já li. Sem contar que é muito legal quando uma editora abre para os leitores a possibilidade de eles participarem da escolha da próxima capa. Então não perca essa oportunidade!

As votações vão da Lua nova (06/05) até à cheia (21/05).


Essas são as capas, uma mais linda que a outra! Foi dificil, mas já escolhi a minha:
vote aqui

21 abril 2016

[NOVIDADE DA FAROL] O Herdeiro Encantador- Cinda Williams


  • Olá, leitores!
Depois de trazer novidades sobre Sangue de Lobo, agora é a vez da série de Cinda Williams figurar por aqui. Aos ansiosos, o livro já está a venda e, além disso, a FAROL liberou o primeiro capítulo. Aproveitem!!!  Clique aqui e leia o primeiro capítulo 











Sinopse: 


Embora Jonah tenha sobrevivido ao Massacre do Monte dos Espinheiros, um ataque brutal ocorrido em uma prospera comunidade Weir no Brasil, não saiu ileso: como os outros sobreviventes, ele possui dons mágicos especiais que o diferem dos membros da ordens convencionais. Aos dezessete anos, tornou-se o assassino mais mortífero da Dulcamara, uma rede de caça a mortos-vivos.


Emma Greenwood cresceu a quilômetros dessa realidade. Criada pelo avô, que lhe ensinou mais sobre música do que magia, teve sua vida transformada na noite em que o viu morrer. Ele deixou um bilhete alertando que ela poderia correr perigo, com algumas pistas que a levaram a Jonah, e a um legado cheio de segredos e muitas perguntas. Juntos, Jonah e Emma irão em busca da verdade sobre o Monte dos Espinheiros e sobre quem planejou o grande Massacre. Enquanto isso, terão que correr contra o tempo, pois crescem a preocupação e o medo de que o inimigo ataque novamente. No quarto e último livro da saga Herdeiro, todos os mistérios serão desvendados.


09 abril 2016

[RESENHA] Sangue de Lobo- Rosana Rios e Helena Gomes



Título: Sangue de  Lobo
Autor: Rosana Rios e Helena Gomes
Editora: Farol Literário
Páginas: 413

Antes tarde do que nunca! Me envolvi com tantas coisas no mês de março que não consegui cumprir todas as minhas obrigações. Uma delas são as resenhas, mas aos poucos vou resolvendo essas pendências.

Vou confessar também que Sangue de Lobo, foi um livro que fui aproveitando aos poucos e eu não tinha intenção de termina- lo de tão agradável. Ele é daqueles livros nacionais que a gente lê e se orgulha de ser brasileiro. No meu caso fiquei duplamente encantada. Ler uma ficção tão bem trabalhada e que ainda se passa no seu estado, leva em consideração a sua cultura, culinária, e o sotaque local de uma forma natural, foi brilhante. Me senti bem representada!



Eu também não me imaginava apaixonada por um lobisomem. Pode ser que os vampiros tenham seu charme, mas antes de conhecer a história eu não conseguia aplicar o mesmo para um lobisomem.

Sangue de Lobo foi uma obra que me deixou bem pensativa a respeito de preconceitos com livros nacionais. Sei que essa barreira tem sido vencida aos poucos, mas mesmo assim tem leitores que relutam em ler livros nacionais. E não imaginam o que estão perdendo!




No livro da FAROL eu vivi em duas histórias, que acabaram por se repetir. Em Sangue de Lobo temos referência a um livro ,Coração Selvagem, com uma história que alguns acreditam ser apenas um folclore, bem macabra, de assassinatos em série envolvendo, bonecas, cabelos tosados, véu no rosto, um golpe no peito, uma psicopata e um lobisomen mais humano do que muitas pessoas por aí. O tal livro antigo serviu de pano de fundo para uma cena inicial de RPG e para os acontecimentos inesperados na pacata cidadezinha.

Assim, o livro é uma mescla das cenas do presente que se passa em 2008 na cidade de Passa Quatro- MG. E acontecimentos assustadores dos capítulos do livro escrito no século XX que também se passa na cidadezinha mineira.

Amei cada detalhe do enredo, desde a escolha dos nomes das personagens, que no início eu acabei confundindo, mas pelo fato das duas Chris terem personalidades e histórias de vida bem contrastantes eu pude identificar cada uma mesmo com nomes parecidos.

Apesar de ser um livro de suspense, temos romance e muito bom humor. Ele é um pouco grandinho e com uma fonte menor do que estou acostumada a ver nos livros da editora, mas nada que prejudique a leitura. Fiquei bem impressionada com a diagramação. Desde que recebi o livro fiquei admirando a capa, a orelha... Coisas de leitor! E se eu não disse ainda, escreverei agora: Leiam, leiam e leiam!

26 fevereiro 2016

[RESENHA] Despedaçada- Teri Terry


Título original: Shattered
Título nacional: Despedaçada
Autora: Teri Terry
Editora: Farol Literário
Páginas: 398

Onde comprar: Livraria Cultura
                            Saraiva
                            Amazon

Este livro foi cedido em parceria com a FAROL


Quando Despedaçada chegou em minhas mãos eu já sabia que a leitura seria intensa. Eu até já havia lido uma resenha a respeito, que me deixou sem palavras. E, ao chegar às últimas linhas e fechar o livro, ele não saiu de mim. Despedaçada apunhalou meu coração a cada vez que eu deslizava o dedo para a página seguinte.

Teri Terry não só me atingiu como não teve pena alguma de sua personagem. Não tenho um nome certo para sua protagonista, mas irei chamá-la de Kyla, como fiz nas outras resenhas. Kyla, por vezes pareceu andar em círculos. Quando pensava ter encontrado respostas e descoberto quem era, ela se via novamente em um imenso vazio, como se fosse, realmente, uma "joana ninguém". Mas no fundo eu não acreditava nisso; como uma garota tão talentosa, audaciosa e incrivelmente corajosa, sendo alvo de tantas perseguições poderia não ter uma identidade? Acho que a corrida de Kyla em busca de quem ela era foi o que mais me deixou agoniada. 

O interessante nesse livro foram as constantes reviravoltas. Na maior parte do tempo ele se passa em Keswick e contam com outros personagens tão cativantes e com um papel importante quanto os outros presentes nos demais livros. Na minha opinião, ele poderia ser dividido em duas partes, mas a autora optou por não fazer isso, o que torna interessante ver como ela conseguiu arrematar toda a história e entrelaçar tantas vidas. Aliás, a escrita da Teri é muito envolvente e direta. Ela não fica fazendo rodeios e os personagens têm personalidades e falas muito reais. Ela de fato tem um estilo próprio e muita imaginação (que eu invejo). Sabe aquela história de estilo de escrita? Então, quero me espelhar no dela e ler todas as suas obras. Sei que com a tradução um pouco desse estilo pode ser perdido, por mais bem feita que ela seja, e a Flavia Côrtes é impecável no seu trabalho. Mas mesmo assim, quero ainda ler a trilogia em inglês.



"Eu me sinto incomodada e exposta, como se estivesse sangrando na frente de todos, e não acredito que ninguém esteja vendo as feridas." p.164

"Não importa como isso me faz sentir agora, o que estou passando é história antiga. A dor de Finley está acontecendo neste momento." p.167

A protagonista evoluiu bastante, mas ao mesmo tempo permaneceu fiel aos seus valores e leal àqueles que a ajudaram. Ela também abriu mão de se preservar e se colocou em risco diversas vezes, como uma verdadeira heroína em prol de sua nação. Mesmo que para os outros países a tão sonhada democracia e os direitos humanos seja importante, apenas em um nível econômico e para a expansão do comércio. Colocar um ponto final em tantas atitudes arbitrárias e crueldades eram fundamental no ponto de vista da protagonista e de outros personagens essenciais como Mac e Aiden.


Não sei se 2016 me trará uma leitura tão forte e intensa como foi essa, acho que só outro livro da autora. Sofri, torci, me decepcionei criei expectativas, fui tomada por uma explosão de raiva e revolta! Acredito que deu para entender o mix de sentimentos envolvidos. É difícil explicar tudo isso sem contar detalhes cruciais da história que poderia estragar a sua leitura, mas eu tentei. Se você tinha alguma dúvida sobre ler ou não a trilogia, por favor, disperse-as. 


23 fevereiro 2016

[ESPECIAL] Trilogia Revenants- Amy Plum


Olá, gente, tudo bem?

Já tem uns dias que estou trabalhando nesse post e nunca fico plenamente satisfeita com o resultado. Ora tem poucas informações, ora elas estão em excesso. Mas, meu objetivo com esse especial da trilogia da Amy Plum é oferecer algumas razões para se aventurar nela, que vão além do que está escrito nas resenhas.

Bom, vamos lá!

Confesso que a trilogia tem alguns elementos presentes em outros  livros que já li (não acho isso um problema), portanto se você gostou da série Hush Hush ou, até mesmo, Julieta,  por exemplo, com certeza sua leitura será agradável.  Isso porque a trilogia Revenants une locais físicos reais, mas com uma pitada sobrenatural, e saídas secretas em Paris.

Se você faz o tipo de pessoa que se interessa em voltar no tempo, através de pesquisas, investigar o passado é um hobby; é ou era aquele aluno apaixonado por história, vai se identificar.


Uma das coisas de que gosto ao ler é descobrir se os locais citados existem realmente ou se são fictícios. Sendo assim, faz parte da minha leitura procurar no Google os ambientes citados, para enquanto eu estiver lendo imaginar os personagens em tal rua, ponte, restaurante, etc.

"Colocando meu capacete, me acomodei na garupa da Vespa. Vincent deu partida e nos levou rumo ao rio. Passamos pela Torre Eiffel e estacionamos em um pequeno parque diante da ponte Grenelle. Eu conhecia o lugar porque é até ali que chegam os barcos de turistas antes de darem meia-volta e retornarem ao centro de Paris." Morra Por Mim p.215


Fonte: commons.widia.or
"La Palette_ uma referência à paleta de um artista, dos tempos em que o local era frequentado por pintores e escultores. Era longe demais de casa para que eu o adotasse como meu café habitual, mas valia totalmente a pena para uma visita ocasional." Kate em, Morra Por Mim- p.241



Outra prática importante é pesquisar sobre o autor, e o Instagram me auxilia muito nisso. No caso da Amy Plum foi um prato cheio, pois ela parece realmente incorporar os personagens, vivendo e frequentando alguns dos locais que a Kate frequentava. Enfim, sei que os livros tem muito da autora. Fico pensando no que pode estar por trás dessa trilogia. Em como ela imaginou o Vincent... será que enquanto ela escrevia, nos cafés de Paris, seu olhar se debruçou em alguém que reunia as características para um potencial Vincent? Ou foi em algum museu?

A trilogia também poderia, facilmente, ter outros livros acrescentados, já que os personagens secundários também são muito interessantes e cada um enfrenta uma batalha pessoal. Eu sou super a favor de se ter um livro sobre o Jules (um personagem que era apaixonado pela Kate) ou (lá vem um pequeno spoiler) sobre o casal sobrenatural homossexual, que por tanto tempo viveram juntos. Ou até mesmo sobre a vida dos gêmeos. Como podem ver os livros são ricos em personagens que dariam ótimas histórias.


Espero que vocês tenham gostado do formato desse post, pretendo fazer algo parecido com algumas séries e trilogias que já finalizei.


Beijos e não se esqueçam de comentar e seguir as redes sociais do blog.

18 fevereiro 2016

[NOVIDADES] Vem Por Aí, Olhos de Lobo



Oi, gente!

Nossa, eu já estava morrendo de saudades de divulgar os lançamentos da FAROL! Sei que 2016 será show, e teremos muitos títulos novos para apresentar para vocês, e eu estou ansiosa para conhecê-los;



Um dos lançamentos já foi noticiado nas redes sociais da editora, e trata-se da continuação de um livro nacional que eu quero muito ler, se chama Sangue de Lobo, dentro em breve teremos resenha. No ano passado eu resenhei um conto que se passa no mesmo ambiente desse livro, ele inclusive está disponível para ser lido on-line clique aqui 





O lançamento se chama Olhos de Lobo e, como eu já disse é uma continuação de Sangue de Lobo. Logo, logo postarei sinopse, capa dentre outras informações. Vale lembrar que em 2015 a editora também liberou trechos do novo livro, mas, por enquanto, fiquem com essa imagem liberada pela FAROL:





03 fevereiro 2016

[RESENHA]: Se Eu Morrer- Amy Plum


Título Original: If I Should Die
Título Nacional: Se Eu Morrer
Autora: Amy Plum
Páginas: 511
Editora: Farol Literário
Onde Comprar: Saraiva
                             Livraria Cultura
                             Amazon
                             

*Esse livro foi uma cortesia da Farol Literário

Chegou a hora de escrever uma resenha a altura para um final de trilogia digna. Não posso esconder que estou escrevendo essa avaliação em um estado grande de sonolência, já que passei a madrugada finalizando a leitura.

Pensei que eu terminaria o livro com rapidez, assim como aconteceu com os dois primeiros, mas Se Eu Morrer a cada capítulo me reservava grandes surpresas e batalhas. Dessa forma fui saboreando os acontecimentos aos poucos (eu não queria me despedir da trilogia), até chegar na grande guerra entre Numas e Bardias (ou Revenants), que desde o início ameaçava explodir.

Lembro-me bem que na resenha do segundo livro, não procurei me ater a alguns fatos, principalmente ao final com o propósito de evitar spoilers. Mas acredito que isso será difícil agora. Bom, o terceiro livro inicia-se exatamente na cena em que terminou o segundo e é um entre os vários momentos que nos trazem chamas de esperança, de quem sabe recuperar o corpo de Vincent. Assim, a primeira parte do livro (ele é dividido em duas), é mais sobre as buscas de Kate e pesquisas de formas de trazer Vincent de volta, após ele ter tido seu corpo queimado pela grande traidora Revenant, ao pensar que ele poderia ser O Defensor. Aquele mencionado na profecia dos Bardia, e que seria identificado por Bran, o Guérisseur, ou curandeiro, como você preferir chamar, que também tem uma profecia sobre o Defensor:

"Na terceira Era, tamanhas serão as atrocidades dos humanos, que irmão trairá irmão, e os numa serão mais numerosos que os bardia, e uma infinidade de guerras lançará às trevas o mundo dos homens. Nessa época, surgirá na Gália um bardia que será um líder entre sua espécie."p.110

Resumindo, O Defensor seria aquele que iria salvar os Revenants, e ele teria poder de persuasão,  percepção aguçada, além de dons especiais antes mesmo de se tornar um Revenant. Daí o interesse dos numa em encontra-lo, e em um ritual absorver seus poderes.



Já a segunda parte do livro, contêm mais adrenalina, devido as batalhas e a guerra que se inicia, que é de tirar o fôlego.

A história é super bem escrita, repleta de detalhes e os incríveis cenários de Paris, que é tomada por lutas sobrenaturais do bem contra o mal. O final poderia ter me surpreendido mais, se eu não tivesse ficado atenta aos sinais de Bran. Dessa forma, a grande revelação de quem era O Defensor, eu acabei presumindo.  

Além, dessa grande revelação, que na verdade é o clímax da história, temos outras tantas a respeito da estirpe, como segredos e traições bombásticas! 

Enfim, trata-se de uma trilogia que eu pretendo ler novamente, pois acredito que de alguma forma eu tenha deixado algum detalhe sobre a profecia passar. Somente uma releitura para consertar isso. Se eu recomendo a leitura? Sim!!!

Confesso que a história é clichê por já existir diversos livros com a temática. Desde Crepúsculo vários romances entre um ser sobrenatural lindo e maravilhoso e uma humana foram lançados. Porém, o que você como leitor deve fazer é colocar na balança os pontos positivos e negativos, através de pesquisas e resenhas para ver se vale a pena. Como eu disse, a história é muito bem escrita, com relatos históricos, se você assim como eu, é apaixonada por História, museus, antiguidades (você já ouviu falar em Timiatério?) vai amar! Sem mencionar o quanto os personagens são cativantes; a mocinha apesar de me irritar, às vezes, é bem esperta e tem opinião própria. Tenho também uma queda, em especial, pelo Jules. Mas isso é assunto para outro post, já que farei um especial sobre a trilogia. E, mesmo que eu tenha conseguido presumir o final, ele não poderia ter sido outro, meu coração suspira quando o bem vence.



09 janeiro 2016

[RESENHA]: Fragmentada- Teri Terry



Título original: Fractured
Título nacional: Fragmentada
Autora: Teri Terry
Editora: Farol Literário
Páginas: 422
Onde comprar: Livraria Cultura
                            Saraiva
                            Ebook

Esse livro foi uma cortesia da Farol Literário


"Há tantas ameaças sobre mim, que eu deveria instalar um espelho no meu ombro para poder vigiar por todos os lados." p.284

Comecei a resenha destacando essa frase, porque ela resume em si o conteúdo do livro. Fragmentada é o segundo livro da trilogia Reiniciados, sendo que o último livro também já foi lançado. Estou escrevendo isso só pra deixar claro para aqueles que assim como eu gostam de se aventurar em trilogias ou séries sem passar por aquela ansiedade de esperar pela continuação.

Fragmentada foi uma continuação que me surpreendeu bastante, geralmente alguns autores perdem o rumo de suas histórias ao dar seguimento a elas, fazendo do segundo livro uma obra para cumprir prazos para a editora e "encher linguiça". E eu posso colocar as minhas mãos no fogo pela Teri Terry, pois ela não fez isso. Fragmentada tem um propósito, e  além de superar o primeiro livro, me deixou extasiada. Fazia tempo que eu não tirava os olhos de um livro, estava com saudades daquela sensação de aperto no peito, de insônia pensando na história e no que poderia acontecer. Leio muito, mas a última história que me deixou nessa sofreguidão tinha sido Harry Potter.

Bom, mas vamos deixar isso um pouco de lado e falar do livro, e fazer um esforço para não dar spoilers. Fragmentada inicia-se exatamente no ponto em que Reiniciados terminou, sendo que aquele acontecimento foi crucial na vida da Kyla para que suas memórias, que antes só surgiam na forma de sonhos, voltassem. A partir daquele fato na floresta, Kyla vai encaixando peças, alguns rostos como o de seu professor Nico, vão se tornando familiares. Pequenas atitudes como escrever com a mão esquerda e a própria chuva vão trazendo sensações que culmina por trazer quem ela é do que ela é capaz a tona. No entanto, o livro tem inúmeras reviravoltas, e se torna uma espécie de jogo, em que precisamos saber não só o passado da protagonista para nos auxiliar, mas relacionar vários fatos e falas para se chegar no (s) verdadeiro (s) inimigo (s). Muitas situações foram ficando confusas para mim, porque assim como eu, a Kyla também estava confusa, sem saber de qual lado se posicionar, sem saber como faria justiça ao que aconteceu a Ben e sua família. 

Também percebi que apesar do livro não focar em romance, o combustível para que a protagonista se envolvesse em tantas situações adversas e se arriscasse, sem dúvida, foi o amor que ela nutria por Ben.



"Por muito tempo fui empurrada para um lado, depois para o outro; entre quem eu era, e quem eu sou. Mas quem eu quero ser? p.369

"Ver o que assusta você e entender seu significado não diminui o terror. Ele ainda tem o poder de partir seu coração, diversas vezes." p.391

Algumas cenas sim, são clichês por já ter acontecido em outras distopias, mas o que me prendeu de fato foi a forma como a Teri trabalhou essas cenas. Tudo de alguma forma se encaixa, e aos poucos eu ia juntando as peças daquele quebra cabeças, unindo atitudes dos personagens, informações, e mentiras para desvendar o que estava acontecendo, até com mais agilidade que a protagonista. Mas enfim, é uma leitura empolgante e que além de recomendar eu certamente leria outra vez. Uma boa história é assim, faz o leitor querer reviver os momentos. Essa distopia se tornou minha queridinha!

Porém, uma coisa não se encaixou na medida em que eu lia. E aqui cabe um spoiler. Como a Kyla mudou, ao descobrir quem ela era, seu Nivo perdeu sua utilidade, dessa forma, ele não vibrava mais, pois seus níveis nem se quer caiam. Fiquei me perguntando, como isso não a expôs a mais riscos. Pois, ao escaneá-lo ficaria evidente que o Nivo não controlava seus sentimentos, mas mais do que isso me pergunto como sua família (Amy e sua mãe) não percebeu esse fato, já que um dos maiores problemas da protagonista eram a queda constante dos níveis. Enfim, fiquei com essa dúvida! 

O livro conta também com vários personagens novos, todos bem complexos e cheio de segredos, além de situações ameaçadoras que vão tornar a leitura bem interessante. Se você gosta de distopias não pode deixar, em hipótese alguma, de conhecer essa trilogia fascinante. 



12 novembro 2015

[RESENHA]: Até Que Eu Morra- Amy Plum



Título Original: Until I Die
Título Nacional: Até Que Eu Morra
Autora: Amy Plum
Editora: Farol Literário
Páginas: 429
Onde Comprar: Livraria Cultura
Saraiva

A resenha da vez é o segundo livro da trilogia revenants, "Até Que Eu Morra", publicado pela Farol Literário. Para aqueles que não conhecem a história sugiro que leiam a resenha do primeiro livro clique aqui. Bom, a história tem início na mansão dos revenants, local onde Kate agora passa a maior parte de seu tempo suando em treinos de autodefesa e com o objetivo de quem sabe ser capaz de proteger Vincent e sua estirpe dos Numa. A sua transpiração também tem outra causa: Vincent. Percebi nesse livro o quanto Kate mudou e está, digamos, "soltinha". Confesso que eu aprovava mais o ar recatado da donzela do primeiro livro, mas penso que talvez aquilo tudo fosse uma forma dela lidar com a perda dos país.

Kate e Vincent continuam super apaixonados, porém o casal entra em conflito devido a um pequeno detalhe: um deles é imortal enquanto que o outro não tem uma vida looonga pela frente. E há outro problema. Vincent, para agradar sua amada, tenta negar o seu constante desejo de morrer durante salvamentos.

"E cada vez que beijo tua mão em despedida, e cada ausência que a isso se segue, são prelúdios para a separação eterna que em breve teremos." p.64

Movidos pela paixão ambos buscam meios de resolver esses impasses, cada qual a sua maneira e mantendo segredinhos... A partir daí já dá pra entender que teremos problemas, pois apesar de um querer o bem do outro, agir em segredo não é adequado em um relacionamento ainda mais quando se trata de seres sobrenaturais com inimigos poderosos.



"Ele me completava. Não que eu não fosse uma pessoa completa por mim mesma. Mas a pessoa que ele era parecia completar a pessoa que eu era." p. 213

O que mais gosto nos livros dessa trilogia é que apesar  de se passar em Paris, vários locais da França são mencionados, dicas culturais, de arte, pela qual a Kate é apaixonada, e nenhuma delas envolve a Torre Eiffel. Adoro também o casal principal, mas gostei mais do primeiro livro, por um detalhe que fez toda a diferença: a repetitiva ideia em livros de ficção de se achar respostas para todos os problemas em uma pesquisa, seja em livros ou pela internet. Não sei vocês, mas não concordo com esse tipo de resolução nos livros de fantasia, em Harry Potter já foi assim, Fallen, Sussurro..

No entanto, mesmo com esse lado que me desagradou recomendo a leitura para aqueles que amam o universo sobrenatural, mistério, ação, romance e de se sentir como se fizesse parte de uma família de desmortos, pois é como eu me sinto em relação aos revenants.


26 setembro 2015

[QUOTES]: O Nome Em Seu Pulso- Helen Hiorns



Oi, leitores!

Estava sentindo falta de fazer postagens com quotes. E para que vocês conheçam um pouco mais sobre um dos grandes lançamentos da Farol Literário, separei trechos do livro O Nome Em Seu Pulso da Helen Hiorns. Se você ainda não leu a resenha clique aqui.
 

"O mundo inteiro estava obcecado pela ciência que usamos para destruir metade do planeta, em vez de olhar para as poucas coisas bonitas que ainda restavam. Qualquer pessoa com um genuíno amor pela literatura subia no meu conceito na hora." p.44

"Todo mundo tem uma espécie de moldura feita por seus pais, e eles tentam forçar você a caber nessa moldura, e, ou você se  espreme em um espaço em que nunca se encaixará, ou surta e se recusa a tentar- é ceder ou se rebelar. " p. 70

"Nada estraga mais uma pessoa quanto os outros esperarem algo dela. O mundo deixa você para baixo, você se irrita, não consegue corresponder às expectativas, ou, quando o faz, não é exatamente como esperou que fosse." p. 70

"A humanidade sempre teve de odiar alguém. Isso lhe dava um propósito, eu acho, e fazia com que muitos se sentissem mais importantes. Há gente demais para que todos possam se contentar em ser iguais. As pessoas sempre querem ser mais importantes do que realmente são." p.91

"Infelizmente, a verdade é que, enquanto eu perdia minha fé na humanidade quase todos os dias, havia pessoas como Colton que ocasionalmente ressuscitavam minha esperança."p. 119

"Não há sentindo em perder tempo em lugares que serviam para guardar boas lembranças, porque isso só faz lembrar que os bons tempos estão mortos e enterrados (...) " p. 128

"Manter uma amizade requer trabalho. Isso não era exatamente ruim, porque quase tudo que realmente tenha valor requer trabalho; mas era uma pena que demorava um pouco até se descobrir quais eram dignas do esforço e quais, decididamente, não eram. " p. 166

30 agosto 2015

[RESENHA] O Nome Em Seu Pulso- Helen Hiorns




Título Original: The Name On Your Wrist
Título Nacional: O Nome Em Seu Pulso
Autora: Helen Hiorns
Editora: Farol Literário
Páginas: 255
Onde Comprar: Livraria Cultura
Saraiva

Livro cedido pela editora Farol Literário

Desde que li a sinopse de "O Nome em seu pulso" imaginei um romance romântico e uma garota que vive um amor proibido. Essa última parte eu acertei, mas vou ter que admitir que o livro trouxe muito mais do que isso e personagens com um emocional bastante complexo.

Nos primeiros capítulos percebi que se tratava de uma distopia (ótimo!) e algo foi me deixando perturbada e, ao mesmo tempo, curiosa:  não saber onde e quando aquilo tudo se passava. Só dava para inferir que era num futuro, que tinha ocorrido uma terceira guerra mundial, a população diminuído de 9 para 6 bilhões. E, desde então, o governo havia tomado as rédeas do destino de todos, nos mínimos detalhes, ninguém mais tomaria qualquer decisão. As pessoas, desde o seu nascimento seriam moldadas e colocadas numa caixa. Em alguma fase da infância um nome seria marcado no seu pulso, revelando que aquele ou aquela era a sua alma gêmea (anima-vinculum), desconsiderando homosexualidade, e esse nome não deveria ser revelado em hipótese alguma. Para isso, usava-se um protetor no pulso de forma a resguardar essa informação. Suas carreiras seriam decidas pelo sistema, as casas obedeciam a um mesmo layout, a alimentação era  monitorada e ofertada de acordo com as necessidades nutricionais de cada indivíduo.

Enfim, a população levava uma vida restrita, sem liberdade de escolha. Porém, Corin, a protagonista se rebela secretamente contra esse sistema a partir de suas atitudes. Ela cria uma trilha de carpinomen falsa, ficando com vários garotos e quebrando outras regras, como não dormir com nenhum deles. Ela também usa seu talento para a manipulação para conseguir ler obras proibidas como Shakespeare, a Bíblia, Harry Potter... 

"Nada estraga mais uma pessoa quanto os outros esperarem algo dela. O mundo deixa você para baixo, você se irrita, não consegue corresponder as expectativas,ou, quando faz, não é exatamente como esperou que fosse." p.70

"A humanidade sempre teve de odiar alguém. Isso lhe dava um propósito, eu acho, e fazia com que muitos se sentissem mais importantes. Há gente demais para que todos possam se contentar em ser iguais. As pessoas sempre querem ser mais importantes do que realmente são." p.91

Corin é uma garota que quando não está se envolvendo em relacionamentos frios e egoístas  está lendo ou brigando com sua irmã mais velha, Jacinta, uma personagem também problemática, mas que demonstra seus desequilíbrios com tentativas de suicídio e crises de ansiedade. E, por falar em suicídio, essa parece ser uma forma de revolta contra o governo, mas que não produz mudanças por ser uma reação individual e, acho que esse é um diferencial. Na maioria das distopias que li ocorre uma rebelião e é seu caráter coletivo que permite uma trajetória diferente para a humanidade e isso não acontece em "O nome em seu pulso".

Perdi a conta de quantos quotes destaquei no meu exemplar, porque a Corin é uma personagem singular, com pensamentos marcantes, forte e ao mesmo tempo vulnerável. Em vários momentos me identifiquei com ela. Não digo com a frieza com que ela tratava as pessoas, como se elas fossem uma máquina biológica, e a indiferença em relação aos problemas da irmã. Mas o fato dela gostar de ler e ser orfã de pai. Ela também é muito sarcástica e sem grandes amigos. Algumas de suas características e comportamentos indelicados vão mudando quando ela conhece Colton. E apesar dela começar a colocar seus sentimentos para fora e sair da defensiva essa relação revela muitos perigos.