A editora Farol Literário divulgou em seu blog uma entrevista com a Melissa Walker, autora de Cure Meu Coração, livro que já foi resenhado aqui no blog. Nesse bate papo ela conta como o jornalismo a levou à ficção e continua inspirando sua escrita; revela sua opinião sobre a capa nacional de “Cure meu coração” e fala da experiência de ser autora do universo YA.
Confiram a entrevista:
FAROL LITERÁRIO (FL) – Melissa, tendo atuado como jornalista para revistas para adolescentes, conte-nos como foi se tornar escritora para jovens?
Melissa Walker (MW) – Eu sempre amei escrever para o público adolescente porque, para mim, as pessoas mais jovens demonstram mais entusiasmo a respeito das coisas que amam (e que não amam) – muito mais do que os adultos. A ideia para o meu primeiro romance (Violet on the Runaway), sobre uma menina de cidade pequena que se torna modelo, veio diretamente de minhas experiências de trabalho em revistas e entrevistas com novas modelos adolescentes e de como elas foram parar em Nova Iorque. Então, o jornalismo, definitivamente, me trouxe à ficção.
FL – Nesse sentido, foi inevitável para você se tornar uma escritora de chick lit?
MW – Eu nunca soube que eu ia escrever um livro – amo meu trabalho como jornalista. Mas depois que comecei a encontrar personagens e deixar suas vozes passarem pela minha cabeça, eu decidi escrever ficção também.
FL – Sabemos que você navegou pelos mesmos lugares que Clem. O que mais que acontece com Clem foi inspirado em sua vida?
MW – Sim, meus pais velejavam muito quando eu era criança, então eu sei bem como é estar em um barco com sua mãe e seu pai! Eu também experimentei o drama de Clem com amigos, incluindo a situação difícil de gostar do mesmo cara... mas tem muita ficção nos detalhes, ainda que tenha incluído emoções reais que eu senti na minha vida como ciúmes, saudade, traição.
Melissa Walker (MW) – Eu sempre amei escrever para o público adolescente porque, para mim, as pessoas mais jovens demonstram mais entusiasmo a respeito das coisas que amam (e que não amam) – muito mais do que os adultos. A ideia para o meu primeiro romance (Violet on the Runaway), sobre uma menina de cidade pequena que se torna modelo, veio diretamente de minhas experiências de trabalho em revistas e entrevistas com novas modelos adolescentes e de como elas foram parar em Nova Iorque. Então, o jornalismo, definitivamente, me trouxe à ficção.
FL – Nesse sentido, foi inevitável para você se tornar uma escritora de chick lit?
MW – Eu nunca soube que eu ia escrever um livro – amo meu trabalho como jornalista. Mas depois que comecei a encontrar personagens e deixar suas vozes passarem pela minha cabeça, eu decidi escrever ficção também.
FL – Sabemos que você navegou pelos mesmos lugares que Clem. O que mais que acontece com Clem foi inspirado em sua vida?
MW – Sim, meus pais velejavam muito quando eu era criança, então eu sei bem como é estar em um barco com sua mãe e seu pai! Eu também experimentei o drama de Clem com amigos, incluindo a situação difícil de gostar do mesmo cara... mas tem muita ficção nos detalhes, ainda que tenha incluído emoções reais que eu senti na minha vida como ciúmes, saudade, traição.
FL – Como você decide as características de seus personagens? Como isso ocorre na hora de criar uma garota ou garoto?
MW – Parece estranho, mas eu posso ver os personagens em minha cabeça enquanto eles ganham vida nas páginas. Como quando James se aproximou de Clem, eu pensei automaticamente : Oh! Ele tem o cabelo vermelho! Que engraçado. Eu não havia planejado isso. Eu só ouvi ele falando na minha mente, e eu sabia exatamente como ele era. Mesmo para Clem e sua irmã Olive - uma vez que eles começam a falar, posso imaginá-las e eu acabo descrevendo o que eu vejo em minha mente.
FL – Quanto tempo demorou para escrever “Cure meu coração”?
MW – Demorou cerca de seis meses para escrever o primeiro esboço, e então a minha editora, Abbey Caroline e eu trabalhamos na linha do tempo e na ordem dos flashbacks. Esta foi a primeira vez que fiz isso em um livro e foi um grande desafio criar este vai e vem na história, mas foi valioso. Imprimimos os capítulos e os sumários num esforço de encontrar as sequências corretas. Foi demais!
FL – Ao longo da leitura nos deparamos com a citação de várias músicas. Há uma, mesmo que você não tenha mencionado, que seria o tema do livro?
MW – Eu amo música. Sempre ouço músicas enquanto escrevo. Eu montei uma trilha sonora e há cinco delas que são maravilhosas, não consigo reduzí-las em uma. Você pode achar aqui: https://play.spotify.com/user/farolliterario/playlist/483Y6FXvRJpXJOl7d5m5ib
FL – Qual foi a melhor cena que escreveu neste livro?
MW – Eu adorei escrever cenas em que Clem e James estavam conversando. Eu gostei da maneira como ele estava ajudando Clem a descobrir mais sobre si mesma. E também escrever cenas com Amanda por achar divertido capturar a química entre melhores amigas.
FL – O que você achou da versão brasileira da capa?
MW – Eu amei! É bonita e graciosa. E da maneira como Clem aparece olhando para o mar, pensando, é exatamente como ela.
FL – Qual é a melhor parte de ser uma escritora de romances YA?
MW – Eu adoro os outros escritores que eu conheci e com os quais comecei a escrever. Nos reunimos em cafés para conversar, escrever, rir, chorar. É uma comunidade fantástica e os leitores também nos ajudam muito. Não há nada mais que eu prefira fazer!
FL – Deixe uma mensagem para os seus leitores no Brasil.
MW – Embora eu só conheça o Rio e São Paulo, adorei o que eu vi do Brasil! Um dos meus personagens, do livro “Violet...”, passa um tempo aí.
Embora este seja o meu primeiro livro a ser publicado no Brasil, eu fui contactada há alguns anos, por leitores brasileiros que encontraram meus livros em inglês, e eu senti o entusiasmo deles. Estou muito orgulhosa de finalmente ser publicada em português! Obrigada FAROL!