Mostrando postagens com marcador herceptin. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador herceptin. Mostrar todas as postagens

02 janeiro 2016

Uma Chance Para Viver




Direção: Dan Ireland
Roteiro: Vivienne Radkoff (roteiro para tevê),Robert Bazell (romance)
Gênero:Biografia/Drama
Origem: Estados Unidos
Duração: 125 minutos
Tipo: Longa-metragem/Direto para TV

Sinopse: Dr. Dennis Slamon está num momento especial em sua carreira. Ele ajudou a desenvolver uma droga experimental chamada Herceptin®, um possível tratamento revolucionário na luta contra o câncer de mama. No entanto, quando o financiamento para seu projeto é cortado, os filantropos Lilly Tartikoff e Ron Perelman ajudam o trabalho mais importante da vida do médico a tornar-se realidade. Com a ajuda de seus novos financiadores, Slamon continua a aperfeiçoar o tratamento, mas, apesar de sua nova droga ter a habilidade de garantir a vida, ela não funciona em todos os casos.

Lá estava eu, mais uma vez, acordada de madrugada, sem sinal de que meu sono viria, quando comecei a procurar algo para assistir e quem sabe conseguir descansar. Como sou apaixonada por temas que envolvem medicina minha busca contemplou esses assuntos, até que me deparei com um filme que eu nunca tinha ouvido falar e que me surpreendeu muito, e claro, não dormi, pois fiquei totalmente presa a história. 

Por ser baseado em fatos reais e despertar motivação e inspiração pensei que seria uma boa ideia compartilhar o que achei do filme com vocês. E aproveitar (por que não?) o início de um novo ano para mostrar que é possível realizar os seus sonhos ou projetos mesmo que todos os fatores não estejam a seu favor. E, enquanto eu ia assistindo toda a luta e persistência do Dr. Slamon para criar um medicamento que poderia vir a salvar milhões de mulheres, pensei em uma frase que ouvi outro dia da cantora Marcela Taís: "Mesmo quando não temos dinheiro, Deus patrocina nossos sonhos." 

O filme gira em torno das pesquisas do oncologista Dennis Slamon  e de mulheres com câncer de mama que acabaram por "entrar para a história" ao participar dos testes de uma droga experimental (herceptin). Pra começar o Dr. Slamon conta com vários empecilhos: têm o menor laboratório de toda a universidade da Califórnia, Los Angeles (UCLA), nenhum aluno  da área de ciências demonstra interesse em trabalhar com ele, a Genentech, laboratório que financia a pesquisa, não acredita nos estudos de Slamon e ameaça a todo o momento cortar a verba ou suspender a pesquisa do Herceptin. Isso porque além de não acreditarem no potencial do médico, temem que o medicamento criado seja um fracasso como o interferon que causou enormes prejuízos.

No entanto, sua sorte começa a mudar quando uma aluna da área de literatura aceita trabalhar no laboratório e de certa forma o estimula, mas a grande reviravolta vem com a esposa de um antigo paciente, Lilly Tartikoff que decidi angariar fundos para a pesquisa de Slamon. O médico no início é resistente a ajuda, porém após Lilly entrar em contato com o executivo da Revlon, Ronald Perelman, e explicar a finalidade do estudo, o que seria o Herceptin e assim, uma importante parceria é formada e a falta de dinheiro já não é mais um grande problema.





Varias coisas chamaram minha atenção no filme, como o desinteresse da industria farmacêutica em salvar vidas e a supervalorização do dinheiro, os problemas durante as fases de teste do medicamento que o Dr. Slamon não previu, a burocracia, a falta de humanização no tratamento, diagnóstico e exames no paciente. Na verdade essa foi a parte que mais se destacou pra mim. Uma das pacientes, com cerca de 30 anos, estilista, é tratada como objeto pelo médico em sua consulta preventiva, e após a reincidência do câncer de mama as palavras do seu médico são: "arrume seus negócios". Fala que me deixou arrepiada.

Também tirei como lição a importância do paciente se impor, escolher seu tratamento, alternativas ou nem realiza-lo se assim preferir, pois em alguns casos é melhor viver o tempo que resta com qualidade do que com vários procedimentos que na tentativa de curar ou estender o tempo de vida só causam dor. Outro ponto que não posso deixar de mencionar é que o Dr. Slamon não venceu sozinho. Não sei o que seria dele sem sua esposa que o apoiou em todos os momentos e das suas amizades que foram essenciais para que ele ganhasse várias batalhas. Quando ele salvou a vida de um paciente com câncer ele não imaginava que a sua boa ação iria retornar para ele com a ajuda de Lilly. E é nisso que acredito, o bem que fazemos volta em algum momento, de alguma forma. 

Quanto às atuações, algumas deixam a desejar, mas é um filme de certa forma com uma produção simples, que tem o poder de nos tocar e deixar força para todos que estão lutando contra o câncer.

Ah, e por último o filme está disponível no youtube!