Título: Liberte meu coração
Título original: Ransom my heart
Autora: Meg Cabot
Editora: Galera Record
Ano: 2012
Páginas: 404
Após finalizar a leitura da série A mediadora da Meg Cabot entrei em uma espécie de ressaca literária. E raciocinei que para alivia-la não teria nada melhor que ler mais um livro da mesma autora. Entre tantas opções resolvi folhear Liberte meu coração. Sua introdução explicava que o livro não havia sido escrito por Meg, mas por uma personagem da mesma, a princesa Mia Thermopolis da série O diário da princesa. E que todos os direitos autorais do livro iriam, nada mais nada menos, para a organização que eu tanto apoio e a Mia, surpreendentemente, também o: Greenpeace.
Achei a ideia da Meg muito legal e fiquei em dúvida entre começar a ler O diário da princesa ou Liberte meu coração. Mas acontece que sempre tive um certo receio a essa série. Eu observava as capas e imaginava uma história com um tom infantil. No entanto, pensei: nada melhor que conhecer um pouquinho de um personagem lendo um livro que ele próprio escreveu. Genial não é mesmo?!
E olha eu estava certa! Nutri uma enorme simpatia pela Princesa Mia, quase que imediatamente.
A leitura fluiu de uma forma tão natural e bem-humorada que é impossível largar. Esse foi mais um dos livros que fizeram rir alto em locais públicos a ponto de me deixar sem graça. Mais, como pode com um livro com uma capa tão lindinha, eu pensava!
Bom, primeiramente gostaria de deixar claro que a história se passa na Inglaterra no ano de 1291. E que a capa nos remete a uma linda princesa. Pois bem, nossa protagonista a Finnula Crais despreza completamente o que era considerado um comportamento de uma boa e recatada moça para sua época. Finn (para os mais íntimos) não fazia uso dos longos e volumosos vestidos (representado na capa), bem como também não soltava as lindas madeixas ruivas. Indo contra a todas as regras de seu tempo voltadas para uma moça, geralmente desesperadas por um casamento, Finn tem atitudes de uma graciosa pirralha. Veste calças de couro e anda armada com um arco e aljava. E é claro que toda essa transgressão chama a atenção não só das donzelas, mas dos homens que não conseguem desviar os olhos de seu formoso traseiro.
Durante a leitura, é fácil perceber que Finn tem um coração generoso apesar de toda a rebeldia. Ela arrisca sua reputação ao caçar animais em local proibido para suprir a fome dos servos do Solar Stephensgate que passava por profundas mudanças desde que o conde faleceu e o herdeiro se encontrava ausente para assumir seu lugar. Era também muito amorosa com a família e com todas as cinco irmãs e o único irmão. E é esse amor à suas irmãs, especialmente, a irmã Mellana que faz com que Finn se envolva em grandes problemas... ou seria melhor solução acidental?!
Finn, buscando salvar a irmã de ter sua reputação manchada por uma gravidez não planejada de um pobre menestral que não tem condições financeiras de comprar o dote de Mellana tem uma ideia. Raptar alguém e exigir uma quantia pelo resgate que permitisse a realização do casamento.
Eis, que ela consegue o refém: Hugo Fitzstephen. Entretanto, o que mais a aborrece é que ele não demonstra resistência alguma em ser capturado. Estaria ele duvidando de sua capacidade de realizar um sequestro ou melhor, feri-lo com sua espada?! Em meio há tantas provocações e discussões Finn, mesmo com toda a sua teimosia e aversão a paixões permite que seu coração seja aprisionado perdendo sua posição de sequestradora.
Como eu disse no início a leitura fluiu com muita facilidade e foi uma das mais agradáveis que eu já realizei. Eu esperava um romance bem meloso, mas a Finn é uma espécie de "Iracema" devassa, bem a frente do seu tempo. Há momentos que você percebe que mesmo ela se fazendo de forte, corajosa e fria é tão inocência e ingênua quando há referências a intimidades entre um homem e uma mulher que se torna impossível sufocar uma risada.
Apreciei também as descrições, narrações e frequentes piadas de Hugo dos momentos íntimos dos dois principalmente quando ela perde sua virgindade e dali pra frente fica bem obvio o quanto ambos desejam um ao outro principalmente sexualmente não importando o lugar. Porém é esse desejo sexual aliado ao fato de ela não ser tão feminina faz com que Finn questione se Hugo realmente a ama.
Enfim, o livro me surpreendeu e recomendo a sua leitura. E ah, querida Mia lerei com prazer suas peripécias narradas pela Meg Cabot em O diário da princesa, pois agora já sei o que devo esperar.
Como eu disse no início a leitura fluiu com muita facilidade e foi uma das mais agradáveis que eu já realizei. Eu esperava um romance bem meloso, mas a Finn é uma espécie de "Iracema" devassa, bem a frente do seu tempo. Há momentos que você percebe que mesmo ela se fazendo de forte, corajosa e fria é tão inocência e ingênua quando há referências a intimidades entre um homem e uma mulher que se torna impossível sufocar uma risada.
Apreciei também as descrições, narrações e frequentes piadas de Hugo dos momentos íntimos dos dois principalmente quando ela perde sua virgindade e dali pra frente fica bem obvio o quanto ambos desejam um ao outro principalmente sexualmente não importando o lugar. Porém é esse desejo sexual aliado ao fato de ela não ser tão feminina faz com que Finn questione se Hugo realmente a ama.
Enfim, o livro me surpreendeu e recomendo a sua leitura. E ah, querida Mia lerei com prazer suas peripécias narradas pela Meg Cabot em O diário da princesa, pois agora já sei o que devo esperar.