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24 maio 2015

[RESENHA]: A Princesa Apaixonada/ O Diário da Princesa- Meg Cabot

 
Título Original: Princess in Love
Título Nacional: A Princesa Apaixonada
Autora: Meg Cabot
Editora: Galera Record
Páginas: 256
 
Sinopse:
 
Em A PRINCESA APAIXONADA, Mia divide seu tempo entre três coisas: a preparação para sua irritante entrée na sociedade genoviana, sob a direção de uma não menos irritante avó; os congestionamentos de Manhattan, em Nova York, e as elaboradas desculpas para escapar de Kenny, seu namorado. Afinal, Mia, na verdade, está apaixonada por outro rapaz.

O livro é uma indiscreta espiadela num mundo totalmente selvagem. Cada página, o resumo perfeito das agruras e neuroses dos adolescentes. Desde amores não-correspondidos, até dias de cabelo ruim, passando por dúvidas existenciais e movimentos para salvar o planeta. Não esquecendo conflitos nada clássicos com os pais - a mãe de Mia está grávida de um de seus professores e o pai insiste que ela ande numa limusine com seguranças -, festas de arromba, roupas e ensaios para beijos franceses.
 
 
Algumas das minhas escolhas de leitura, geralmente, são pautadas no meu estado de espírito. Quando estou tristonha evito alguns livros e dou preferência para outros que acredito ter potencial para me raptar do mundo real e desenhar sorrisos em meus lábios. Para essa tarefa tenho o hábito de recorrer a Meg Cabot e uma personagem em especial: Mia Thermopolis.
 
Chega a ser assustador o quanto à princesa Mia me representa e sabe como resolver suas confusões  mesmo quando a situação não é nada favorável. Dessa vez decidi ler o terceiro livro da série O Diário da Princesa e assim como os outros a autora conservou o jeitinho engraçado de ser da Mia, apesar de a cada livro a personagem estar se desenvolvendo e sendo preparada para assumir o trono de Genovia.
 
O que me surpreendeu dessa vez foram as escolhas e as atitudes bastante atrapalhadas da Mia para com algumas pessoas e situações embaraçosas. Pela primeira vez ela conta a alguém quem é o responsável por fazer seu coração bater mais forte, apesar dela já estar de compromisso com Kenny. E mesmo depois de conseguir o que ela tanto almejava, um namorado, Mia continua insatisfeita, pois mais do que ostentar a presença de alguém ao seu lado ela não contou com alguns fatores como amor e atração coisas que ela jamais sentiu por Kenny. E essa sua indiferença para com os sentimentos do garoto vai causar além de muita dor de cabeça, vários constrangimentos pelos corredores da escola.

"Por que minha vida está acabada? Porque arranjei um namorado. Aos quatorze anos de idade, acho que já era hora. Quer dizer, todas as minhas amigas têm namorados. Todas elas, até Lilly, que culpa o gênero masculino por muitos, se não todos, os males da sociedade." p.21
 
Como eu já disse Mia enfrenta várias situações embaraçosas no colégio, até porque se isso não acontecesse não seria a Mia, e em algumas ela me surpreendeu por ter quebrado regras, enfrentado a ira de sua melhor amiga e usado a criatividade para colocar alguns planos em movimento e revelar sua grande paixão.

Portanto, prepare-se esse terceiro livro é um dos mais fofos e sinceros. Mas assim como os outros livros da série ele é escrito na forma de diário, e dessa vez é possível também coletar referências de outros livros e que de quebra contam com uma curta e engraçada avaliação da personagem. A cada livro vamos conhecendo mais sobra a Mia, seus gostos, inseguranças e algumas coisas que nunca mudam como suas notas baixas em álgebra e o seu grande talento para escrever poesias.

 


21 dezembro 2014

[RESENHA]: De volta aos sonhos- Bruna Vieira


Título: De volta aos sonhos
Autora: Bruna Vieira
Editora: Gutenberg
Páginas: 205

Em De volta aos sonhos Anita continua embarcando em duas viagens. Uma de volta ao passado mesmo que contra a sua vontade e sem nenhuma senha para que ela possa escrever um novo post e, quem sabe, terminar com todo esse mistério. A outra é a viagem do presente. E que presente! Ela finalmente consegue encontrar com Henrique, a quem ela acredita ter a difícil missão de reconquistar. E ela consegue, digo, encontrá-lo e não é só isso. Já no primeiro livro ele se oferece para um tour por Paris, passando por lugares que fez parte de um filme que eu assisti há pouco tempo e desde então se tornou um dos meus preferidos, e é o da personagem também, O fabuloso destino de Amélie Poulain, entre outros lugares como a casa onde morou Claude Monet.

Fiquei entusiasmada com cada detalhe dos lugares que fez parte das cenas do filme e assim voltei mentalmente a eles. Sem contar que o tour acabou tendo um desfecho romântico que prossegue em De volta aos sonhos. Mas também né, Paris é só amor.

Adorei toda a atenção do Henrique e ele se parece com aqueles homens perfeitos que muitas mulheres acabam idealizando, sério ele é muito fofo, e trás momentos superempolgantes. Mas nem tudo são flores, ou melhor, luzes na vida de Anita. Afinal, é a vida, os problemas tem de surgir e empecilhos são colocados afastando o casal. Isso porque o Henrique de agora, não se assemelha tanto com o Henrique do passado.

Depois de tanta dedicação a música ele tem seu trabalho reconhecido juntamente com sua parceira Kate, uma ex-integrante de uma banda que fez muito sucesso nos anos 90.  E esse destaque acaba por trazer até ele novas oportunidades, como a de se apresentar em um programa muito importante o que termina por expor a dupla de uma forma totalmente equivocada e logo a mídia faz parecer que Kate e Henrique são um casal. E pra piorar a situação o contrato da dupla exige que eles assumam o tal "namoro".  E agora, onde Anita se encaixa em tudo isso? Bom... ela não é incluída nessas histórias pois até então a mídia nem tem conhecimento dela. Com isso a protagonista tenta de todas as formas se afastar de sua paixão por dois motivos: permitir que Henrique realize seus sonhos que possivelmente não apresenta um espaço para ela. E por último ela precisa rever suas prioridades e batalhar pelos seus próprios sonhos.



Depois de chegar ao Brasil, acontecem outras viagens até o passado que de alguma forma alteram seu presente e o futuro.

Sua amizade com Joel, que também é um fofo, permanece e acaba por trazer mais realizações profissionais a Anita. Acredito que não seja só pela amizade, mas porque nessas idas e vindas ao passado ela faz correções extremamente importantes e enfrenta tudo que é possível para fazer o que realmente gosta (faculdade de fotografia), mesmo que essa profissão não seja aceita por certas pessoas.

Assim, Anita agora é uma verdadeira profissional que domina diversas máquinas, está atenta a todos os tipos de técnicas e seu novo emprego exige que ela viaje e escreva sobre lugares incríveis de uma forma incrível. E a próxima parada desse livro repleto de viagens é em Nova York, e a protagonista mal sabe quantas surpresas lhe aguardam por lá como, por exemplo, um Henrique que compôs uma música dedicada a ela. E vou adiantar que o final desse livro deixa o leitor com a pulga atrás da orelha! Deveria ser proibido terminar um livro assim com tanto mistério.

Vou mencionar também que achei a continuação muito melhor que o primeiro livro da série, além de ele continuar sendo muito fácil de ler. Percebi certo desenvolvimento dos personagens que me animou muito e vale a pena destacar que ele nos encoraja a seguir nossos sonhos mesmo que paire aquela desconfiança, principalmente por parte de nossos familiares pelo risco de um futuro não promissor. Enfim, ele é uma verdadeira homenagem ao que nos faz realmente felizes.




11 dezembro 2014

[RESENHA]: Fazendo Meu Filme 4: Fani em busca do final feliz- Paula Pimenta


Título: Fazendo Meu Filme 4: Fani em busca do final feliz
Autora: Paula Pimenta
Editora: Gutenberg
Páginas: 605


"Nenhum filme é melhor do que a própria vida."


Fazendo meu filme 4 é o aguardado desfecho da série que envolve o casal mineiro mais fofo de todos os tempos, Fani e Leo.
Quem leu o terceiro livro sentiu o clima pesado do final que não terminou nada bem... E assim que o último livro chegou as minhas mãos fiquei desesperada pra saber se a Fani e o Leo realmente se separariam sem chance alguma deles reatarem.



E digamos que eu fiquei surpresa com que encontrei. O livro é dividido em três partes, Fani, Leo, Fani e Leo. Compreenderam? Primeiro vem os capítulos destinados a Fani, onde a própria personagem narra de uma forma nostálgica seu momento atual, pós- faculdade, pois é já nas primeiras folhas nos deparamos com uma Fani diferente, madura, dona da própria vida. Ela não só se formou em cinema como também está terminando a sua pós-graduação e em breve um festival poderá mudar sua vida. Isso porque seu trabalho de conclusão de curso (um longa metragem) foi selecionado para uma acirrada disputa. Mas para entendermos como ela se tornou uma profissional competente e requisitada em Hollywood precisamos saber como foi esse percurso. Portanto, um capítulo é da Fani com 23 anos e o próximo tem início com a sua chegada a Los Angeles e assim sucessivamente até o grande dia do festival que reserva muitas surpresas.



Sinceramente, fiquei tão acostumada a ler tudo sob a perspectiva da Fani que quando cheguei à parte do Leo achei tudo bem mais interessante. Não tinha aquele drama todo e a choradeira que a protagonista sempre arrumava. Não que ela não tivesse motivo, mas de certa forma ela sempre complicava as coisas e sofria desesperadamente por tudo.

Embora o Leo também tenha sofrido achei a parte dele mais realista. Nada do glamour de Hollywood, festas em parques da Universal, Warner e etc. Muito pelo contrário, o garoto teve que crescer e batalhar muito.  Afinal estamos falando de Brasil. A separação do casal, por um lado, foi positiva para que cada um seguisse seu rumo e pudesse se dedicar realmente ao que gostavam. Se não fosse pelo rompimento certamente o Leo teria cursado administração em vez de Jornalismo que era o que ele sempre almejou.

Assim como na parte da Fani temos de inicio o Leo com 23 anos e capítulos que se mesclam entre a atualidade e o passado quando ele se mudou para o Rio de Janeiro, com 18 anos.

Por meio do presente e pela viagem ao passado temos um verdadeiro contato com os sentimentos do Leonardo. O que passou pela sua cabeça depois do término, se ele tentou ou não entrar em contato com a Fani entre outras coisas. Mas como eu disse antes, a parte dele me tocou mais. Ele abriu mão de ficar com o amor da sua vida para que ela realizasse seu sonho de ser cineasta, mas e ele? Tudo bem que ele fez o curso que realmente queria jornalismo, mas não obteve tudo de uma forma tão fácil quanto a Fani. Ele não saiu por ai recebendo bolsas de estudos, apartamento super decorado e mobiliado com tudo do seu gosto, já não ganhou logo no seu primeiro dia de faculdade um estágio, não foi paparicado por todos. Sua vida foi como a de muitos  universitários:  Morou uns anos com os tios, ralou pra pagar aluguel do seu então apartamento, correu atrás de estágio e mesmo depois de terminar a graduação não trabalhou somente com o que gostava e seu salário não era uma fortuna. Ficou com várias mulheres, mas mesmo assim nenhuma delas preencheu o vazio chamado Fani. E pra tentar amenizar o sofrimento, ele se especializou em jornalismo cultural, criou uma revista eletrônica ( que era na verdade um hobby pra fugir de um trabalho estressante) com ajuda de alguns amigos, pra divulgar suas resenhas e enxergar a arte de uma forma crítica. Porém, o destino tratou de sorrir para o garoto, já estava mais do que na hora, e colocou em suas mãos a chance de poder cobrir certo festival internacional... Advinha aonde?


Fazendo meu filme 4 apesar de ser bem mais longo que os outros livros da série faz com que a gente apresse a leitura pela ansiedade de saber se o Leo e a Fani finalmente ficam juntos. E não é só isso, como leitora eu ficava querendo ver as reações de ambos e comparar com as memórias que eu tinha dos dois quando eram adolescentes e ver o quanto as pessoas podem mudar. A Fani que sempre foi muito tímida me surpreendeu em várias partes, mas mesmo assim não é difícil achar nela resquícios de uma garota, insegura, envergonhada e que apesar dos sofrimentos no campo afetivo, ainda acreditava em finais felizes.

Já o Leo fez com que eu me apaixonasse por ele e por suas palavras. Acho até que a Paula Pimenta poderia escrever um livro com a história toda pelo ângulo dele sem aquele transbordamento todo de lágrimas da Fani que poderia, com toda a certeza fazer os níveis do Cantareira subirem. Em outras palavras me identifiquei demais com o garoto!

Achei o livro também mais poético do que de costume, as músicas continuam constantemente presentes e não só descobri como recordei algumas, foi muito bacana. Fiquei impressionada com o fato de que cada música escolhida se encaixava perfeitamente no romance e graças a isso também criei o hábito de escolher com cuidado as músicas que me acompanham, pois toda trilha sonora tem seu significado.

Apesar de eu ter achado a vida da Fani muito fácil (sei que ela sofreu, sem querer ser injusta), ela continuou sendo simples, simpática e é isso que encanta o leitor. Não posso me esquecer de mencionar que através da história podemos conhecer locais muito interessantes, é como se a gente fizesse uma viagem pra Califórnia e tivéssemos como guia turística a Fani. Por isso, quando forem ler FMF4,  preparem-se para conhecer a Warner Bros, Universal City, Hollywood Sing, Las Vegas e um restaurante mexicano bem apimentado.

Ah, outro ponto que me chamou atenção foi que os protagonista  perderam contatos com amigos que eles juravam que eram pra toda a vida (bem verdadeiro isso também) e foram surgindo outros também muito importantes como o Alejandro, por exemplo, que eu amei.

E, pra terminar, quero dizer que foi muito difícil me despedir da série, eu me apeguei de verdade à história,  aprendi e conheci lugares novos. Vou ser sincera também e dizer que depois de tantas confusões e reviravoltas eu não via a hora do final feliz chegar, não só pra Fani, mas para o Leo.