[RESENHA]: O garoto da casa ao lado- Meg Cabot

Título original: The boy next door
Título: O garoto da casa ao lado
Autora: Meg Cabot
Editora: Galera Record
Páginas: 394

Melissa Fuller é uma mulher de vinte e sete anos, solteira, recentemente traída, que nasceu em uma cidade rural, Lansing, Illinois. Mas para se realizar profissionalmente acabou se mudando para Nova York, para o orgulho de seus pais, para trabalhar como colunista social da New York Journal.

Mel está sempre antenada com o glamoroso mundo das celebridades e se vê bastante envolvida e sensibilizada com os frequentes rompimentos amorosos de Hollywood.

Porém, em certa manhã um trágico acontecimento promete mudar sua rotina e o destino de Mel. Sua vizinha, já idosa, milionária e simpática de movimentos protetores dos animais, é misteriosamente atacada com uma pancada na cabeça que a deixa em coma. O grande problema é que a Sr.ª Helen Friedlander só tem um parente, Max Friedlander, que precisa ser avisado com urgência. Porém, nem os policiais conseguem entrar em contato com o rapaz devido a sua vida bastante movimentada. Max é um famoso fotógrafo que vive viajando e, portanto não tem um endereço fixo, sem mencionar que ele é um tremendo garanhão e cobiçado por supermodelos.

Mel enxerga no incidente com a vizinha, uma incrível matéria policial e a possibilidade de escrever uma nova coluna no jornal. Além disso, ela extravasa bondade e passa a cuidar de todos os bichos de estimação da vizinha hospitalizada, que inclui um cão dinamarquês que tem necessidade de passear em diferentes horários, todos os dias. Completamente dedicada a fazer essa caridade ela deixa suas próprias responsabilidades de lado, como o trabalho e a pouca vida social em prol dos passeios com Paco, o cão dinamarquês e o cuidado de mais dois gatos com nomes bem diferentes.

Após diversos alertas de atrasos e faltas que colocam seu emprego em risco, Mel toma a providencia de tentar conseguir algum contato com Max para comunicar o lamentável fato ocorrido com a sua tia. Graças à ajuda da melhor amiga e de outros funcionários do Jornal, eis que ela consegue um e-mail para explicar o acontecimento e de que o mesmo precisa voltar ao apartamento da tia para tomar conta dos bichos.

Contudo, após Max ser devidamente avisado ele não hesita em bolar um plano, de modo que o cachorro possa passear e ele aproveitar seus dias ao lado da supermodelo mais requisitada do momento, Vivica.

Segundo seu plano infalível, um amigo, John Trent, que lhe deve um grande favor dos tempos da faculdade, se passará por ele, Max, indo morar temporariamente no apartamento só até que a tia morra ou acorde do coma. John hesita, mas vai cumprir o favor com um pressentimento ruim.

Para encurtar a história e não tirar o prazer de quem ainda não leu o livro vou dizer que John não demora a se apaixonar por Mel, que faz exatamente o seu tipo, ruiva e baixinha. E, além disso, o sentimento é recíproco e Mel não consegue evitar espiar o novo vizinho pela janela do seu apartamento em momentos que requerem privacidade. Mas essa paixão guarda um grande inconveniente, as mentiras que John vai formando para não revelar sua verdadeira identidade, crescem como uma bola de neve. Além do mais, ele tem o azar de ser repórter do jornal mais odiado por Mel, já que é o seu maior concorrente, o  New York Chronicle.

O livro é divertidíssimo, afinal a Meg sabe exatamente a receita que prende o leitor com suas inúmeras piadas e ironias que nos faz terminar o livro em no máximo dois dias. Porém, ele tem um formato diferente e confesso inteligente. Sendo assim, não espere por uma obra dividida em capítulos superdensos. Ele é todo escrito em forma de e-mails o que é completamente compreensível. Nos tempos de hoje é difícil conversarmos sobre o que nos acontece pessoalmente, sem contar que a grande maioria dos personagens são jornalistas e vivem, na sua baia, conectados a internet ou moram em locais distantes que não permitem uma conversa "ao vivo". Achei esse formato interessante, leve e engraçado. Preparem-se também para conhecer os restaurantes de Nova York e um pouco da gastronomia. A leitura flui com naturalidade e vou dizer que fiz muito bem em ler o livro no conforto da minha casa, pois com as gargalhadas que dei teria pagado um grande "mico" em locais públicos.